Linha Rosa do Metro do Porto foi adjudicada e aguarda visto do Tribunal de Contas

As obras vão prolongar-se até ao final de 2023, segundo a previsão da Metro do Porto. Investimento é de 189 milhões.

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A futura linha é a parte inicial de uma circular interna Nelson Garrido

A Metro do Porto adjudicou a construção da nova Linha Rosa, formada por quatro estações e cerca de três quilómetros, num investimento de 189 milhões de euros. Em comunicado a empresa refere que a obra está “pronta a arrancar”, mas o arranque dos trabalhos, que está a ser contestado, ainda está dependente da validação do Tribunal de Contas e da aprovação do Relatório de Conformidade Ambiental do Projecto de Execução, por parte da Agência Portuguesa do Ambiente.  

“A construção da Linha Rosa do Metro do Porto está mais próxima de arrancar, agora que foi assinado o contrato para a empreitada com o consórcio Ferrovial/ACA”, adiantou a empresa, em comunicado. As obras, que irão iniciar-se após validação do Tribunal de Contas, vão prolongar-se até ao final de 2023, referiu.

A nova Linha Rosa do Metro do Porto é formada por quatro estações e cerca de três quilómetros de via, ligando S. Bento/Praça da Liberdade à Casa da Música, servindo o Hospital de Santo António, o Pavilhão Rosa Mota, o Centro Materno-Infantil, a Praça da Galiza e as faculdades do pólo do Campo Alegre, sublinha a empresa.

Para o presidente da Metro do Porto, Tiago Braga, a assinatura do contrato, embora formal e obrigatório é mais um passo que tem um grande significado para a expansão da rede.

Esta linha é a parte inicial de uma circular interna que fará a ligação com os restantes eixos da rede do Metro, frisou. “Vamos tirar milhares de automóveis das ruas, vamos dar mais um forte contributo para a melhoria da qualidade do ar, vamos ajudar a tornar a cidade mais sustentável”, disse.

Na nota, a metro explicou que a assinatura do contrato estava pendente do levantamento dos efeitos suspensivos de uma acção judicial interposta por um dos participantes no Concurso Público Internacional para esta obra, da qual a Metro do Porto recorreu.

Tendo o Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto dado provimento ao recurso apresentado, deixou de existir qualquer impedimento ao avanço do processo, formalizando-se a adjudicação, adiantou.

Neste momento, a linha está a ser contestada por vários grupos ambientalistas do Porto, por causa do impacto da mesma no Jardim de Sophia, na Praça da Galiza. Ao contrário do exigido na Declaração de Impacte Ambiental deste projecto, a empresa não está a prever a manutenção deste espaço verde, e assume, no Relatório de Conformidade Ambiental do Projecto de Execução - o Recape - que ele terá de ser destruído e parcialmente refeito, por causa da estação que passará a existir no subsolo. 

Estas associações pedem que a Agência Portuguesa do Ambiente chumbe o Recape, obrigando a Metro a alterar a forma como executará aquela estação (que servirá, através de um acesso e elevador à superfície, o Centro Materno Infantil do Norte, localizado a uma cota superior, a nascente da Rua de Júlio Dinis). E lançaram uma petição que conta com pouco mais de mil assinaturas

Juntamente com o prolongamento da Linha Amarela, a Linha Rosa do Metro do Porto constitui o maior investimento público actualmente em curso em Portugal.

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