CDS diz que silêncio do Governo sobre regresso às aulas é “irresponsável e sinistro”

Francisco Rodrigues dos Santos fez seis perguntas sobre arranque do ano escolar.

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Francisco Rodrigues dos Santos considerou que o Governo tem estado mais preocupado com a Festa do Avante LUSA/MÁRIO CRUZ

O líder do CDS-PP classificou como “irresponsável e sinistro” o silêncio do Governo sobre o regresso às aulas, previsto para daqui a duas semanas. Como proceder em caso de contágio de covid-19 numa escola ou quais as regras para os grupos de risco são duas das seis perguntas lançadas esta quarta-feira de manhã, em conferência de imprensa, por Francisco Rodrigues dos Santos.

“É inaceitável o Governo continue sem explicar como se vai processar regresso às aulas”, afirmou o líder do CDS, lamentando que o executivo “esteja mais preocupado com a Festa do Avante! do que dar resposta a alunos e professores”.

Perante o que considerou ser um “silêncio irresponsável e sinistro” do Governo, Francisco Rodrigues dos Santos lançou seis perguntas ao executivo sobre o arranque do ano escolar. Entre elas estão a de perceber se o Governo já sabe quantos são e quem são os profissionais e os alunos que pertencem a grupos de risco; como é que se está a “planear” a gestão dos recursos humanos tendo em conta o distanciamento social necessário; qual é o protocolo de segurança em caso de contágio de covid-19 numa escola.

O líder do CDS também exige respostas do Governo sobre a organização do transporte escolar e público para permitir a deslocação dos alunos e também quais as condições a aplicar a alunos com necessidades especiais.

À semelhança do que tem feito nos últimos dias, Francisco Rodrigues dos Santos volta a questionar a “promessa” do primeiro-ministro de dar 400 milhões de euros em equipamentos informáticos às escolas. “Daquele pacote que o Governo anunciou em Junho, quantos equipamentos é que foram distribuídos? Até ao momento nenhum. Que contrato é este”, perguntou, exigindo ao Governo que dê respostas para “tranquilizar as famílias”.

No início da semana, Marcelo Rebelo de Sousa também se referiu a esta questão, dizendo que muitas perguntas continuam por esclarecer, principalmente no caso de surgir um novo caso numa determinada escola. “Quem decide o que fazer? A escola? Quem na escola? Há a audição e intervenção de entidades a nível regional ou a nível nacional”, exemplificou o Presidente da República.

Marcelo Rebelo de Sousa lembrou ainda que “as regras sanitárias não podem ser consideradas como regras que só meia dúzia de eleitos é que podem perceber”. “Aquilo que se está a pedir à DGS é muito ingrato, muito difícil e trabalhoso, é uma tarefa quase ciclópica, mas mal ou bem é a missão que assumiu e tem de cumprir”.

O regresso às aulas vai decorrer entre 14 e 17 de Setembro.

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