SIC exige indemnização de 20 milhões de euros a Cristina Ferreira. Apresentadora diz que valor “não tem fundamento”

Apresentadora admitiu “surpresa” pela acção da estação e garante que vai “até às últimas instâncias” para assegurar e defender os seus interesses.

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Cristina Ferreira assume cargo de entretenimento e ficção da SIC Miguel Manso

Cristina Ferreira confirmou esta quarta-feira que a SIC exige uma indemnização de 20 milhões de euros devido ao incumprimento do contrato que estava em vigor até 2022, mas a apresentadora refuta e diz que vai defender interesses “até às últimas instâncias”.

A notícia foi avançada esta quarta-feira pelo jornal Correio da Manhã, cerca de um mês depois de ter sido conhecida a saída da apresentadora da SIC para assumir a direcção de entretenimento e ficção na TVI, uma decisão que surpreendeu o mercado e apanhou a estação de Carnaxide de surpresa.

O pedido de indemnização, de cerca de 20,2 milhões de euros, foi enviado a Cristina Ferreira esta semana e dá um prazo de 15 dias para que o montante seja pago ou para que seja apresentado um plano de pagamento, adiantou fonte próxima do processo à Lusa.

Cristina Ferreira confirmou em comunicado que a SIC a “interpelou ao pagamento de uma indemnização por lucros cessantes no valor de cerca de 20 milhões de euros”.

“Sobre esta matéria gostaria apenas de esclarecer que a referida quantia não tem qualquer fundamento ou base contratual, pelo que refuto em absoluto a pretensão daquela entidade, estando disposta a assegurar e defender os meus interesses até às últimas instâncias”, assegura a apresentadora na nota enviada às redacções.

Cristina Ferreira dá ainda conta da “surpresa pela posição agora assumida” pela SIC, “uma estação que tem assente a sua comunicação numa estratégia de funcionamento em equipa e liderança de audiências, nunca assente numa só pessoa.”

O regresso de Cristina Ferreira à TVI foi anunciado a 17 de Julho, quase dois anos depois da sua saída. A apresentadora vai assumir em Setembro o cargo de directora de entretenimento e ficção da estação de Queluz, além de entrar como administradora não-executiva e ficando ainda com uma participação no capital social da Media Capital entre 1% a 2%.

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