Ministro das Finanças alemão quer estender apoio ao emprego até dois anos

Medida anunciada este domingo deverá custar dez mil milhões de euros, revelou Olaf Scholz.

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O ministro das Finanças alemão, Olaf Scholz propôs estender a duração do subsídio de apoio ao emprego da crise da covid-19 “até 24 meses”.

Em entrevista a uma televisão alemã, no domingo, o ministro garantiu que a medida deverá custar ao governo alemão cerca de dez mil milhões de euros, ou menos.

O governo de Angela Merkel introduziu um subsídio de curto prazo para proteger os trabalhadores e empresas na Alemanha de despedimentos em massa durante a pandemia de covid-19. O benefício, normalmente com um limite de a 12 meses, pode chegar a cobrir até 67% do salário em casos de famílias com filhos e aumenta a partir do sexto mês.

De acordo com Olaf Scholz, com a nova extensão do apoio o pagamento será de “60% ou mais do salário” dos trabalhadores. “Este subsídio permite que as empresas mantenham os seus trabalhadores e que evitem layoffs”, explicou o ministro.

“As empresas e os trabalhadores precisam dum sinal por parte do governo”, disse, acrescentando que o executivo germânico irá acompanhar todos neste “tempo de crise” para que ninguém seja prejudicado.

Segundo a Bloomberg, o número de trabalhadores temporários na Alemanha é bastante superior ao verificado durante a recessão de 2008/2009. Economistas do instituto Ifo (instituto de pesquisa económica) estimam que o número total destes trabalhadores passou de sete milhões em Maio para 5,6 milhões em Julho.

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