Mudam-se os tempos, muda-se o Turismo
A peça de Tiago Correia que esteve no epicentro das acusações de censura ao Teatro Municipal do Porto encerrou o Festival de Almada. Seis meses depois da estreia e uma pandemia depois, as suas fragilidades cénicas são mais indisfarçáveis.
Em Janeiro, os turistas eram uma praga. Seis meses depois da estreia desta produção da companhia A Turma, com a praga covid-19 pelo meio, e quando a peça encerra o Festival de Almada, o regresso dos turistas é sonho de autarcas, de governos que disputam “corredores sanitários”, e principalmente dos que viviam deles e das suas compras e dos seus passeios e dos seus alugueres de curta duração e alto rendimento. Turismo não perdeu o seu sentido com os efeitos da pandemia na vida das cidades. Continua um espectáculo de intervenção sobre a realidade, mas a realidade é outra e as circunstâncias deixaram mais à vista as suas fragilidades cénicas.
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Em Janeiro, os turistas eram uma praga. Seis meses depois da estreia desta produção da companhia A Turma, com a praga covid-19 pelo meio, e quando a peça encerra o Festival de Almada, o regresso dos turistas é sonho de autarcas, de governos que disputam “corredores sanitários”, e principalmente dos que viviam deles e das suas compras e dos seus passeios e dos seus alugueres de curta duração e alto rendimento. Turismo não perdeu o seu sentido com os efeitos da pandemia na vida das cidades. Continua um espectáculo de intervenção sobre a realidade, mas a realidade é outra e as circunstâncias deixaram mais à vista as suas fragilidades cénicas.