Carlos Carvalhal: “O céu é o limite”

Novo treinador do Sp. Braga foi oficialmente apresentado com cláusula de rescisão de dez milhões de euros.

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LUSA/HUGO DELGADO
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O novo treinador do Sporting de Braga, Carlos Carvalhal, oficialmente apresentado esta quarta-feira, frisou que, se os jogadores acreditarem na sua proposta de jogo, “o céu é o limite”.

“Quando vou para um clube, visto a sua pele, incorporo os seus valores, tradições e ideias, mas desta vez é mais simples: esta é a minha pele. O meu ADN é Braga, o futebol positivo que praticamos desde sempre tem muito da minha passagem pelo ADN do Braga desde a minha formação, sempre com o culto de bom futebol, da técnica em relação à força e de tentar ganhar os jogos todos”, disse.

Carlos Carvalhal notou a “diferença avassaladora” desde a sua primeira passagem como treinador no clube, em 2006/07, na qual saiu a meio, e garantiu que o Braga vai “disputar todos os jogos cara a cara, com todos os adversários, em todos os estádios, para vencer”.

O treinador prometeu uma “proposta ousada de jogo”.

“Nós [equipa técnica] sabemos que vamos fazer com que as nossas equipas joguem bem e ganhem. O nosso grande desafio é que os jogadores acreditem na nossa proposta e sigam as nossas ideias, conseguindo isso, o céu é o limite”, disse.

Reforços elogiados

Deixou elogios aos reforços já confirmados, Guilherme Schettine e Iuri Medeiros: “são dois excelentes jogadores: o Schettine é um avançado muito bom, o Iuri é muito criativo, que entra muito bem dentro do nosso plano de jogo, se à capacidade colocar dentro dele o querer é sem dúvida um grande reforço”, disse.

Carlos Carvalhal admitiu que é um treinador muito diferente daquele que orientou os bracarenses há 14 anos.

“Mau era, com passagens pelo Sporting num contexto muito difícil, no Besiktas, e um dia vou ter que escrever um livro sobre as dificuldades que tive lá, anos extremamente enriquecedores em Inglaterra no campeonato mais difícil do mundo [segundo escalão do futebol inglês], antes dois anos nos Emirados Árabes Unidos que nos fez evoluir muito, e depois o Swansea”, na Premier League.

O técnico de 54 anos disse também ter notado crescimento no “braguismo” da massa associativa e não quis comprometer-se com um objectivo classificativo, definindo antes querer vencer todos os jogos.

“O primeiro grande objectivo é vencer o primeiro jogo do campeonato e o segundo é vencer o seguinte. Não ganhar de qualquer forma, mas a praticar bom futebol. O Sporting de Braga vai jogar em qualquer estádio para vencer, essa é a minha promessa”, reforçou.

Revelando agir “muito por impulso e convicção”, Carlos Carvalhal frisou a importância de se sentir desejado.

“Os meus amigos mais chegados disseram que, depois de treinar na Premier League [Swansea City] vir para um clube de média dimensão em Portugal como o Rio Ave, ou era maluco ou tinha uma autoconfiança muito grande. Só quero ir para um clube que me quer e senti um desejo muito grande do Braga de contar comigo”, disse, explicando também assim o “não” ao Flamengo.

Salvador: “Treinador à imagem do Sp. Braga"

António Salvador garantiu que Carlos Carvalhal, “um treinador à imagem do Braga”, foi a sua “primeira e única ideia”.

“Apesar de ele ter outras propostas, como a do Flamengo, nunca me desviei desta ideia. Ele tem uma ideia de jogo identificada com os valores deste clube, jogar bem, valorizar os jogadores e em cada jogo lutar pela vitória”, disse.

O presidente dos minhotos desejou ainda ter a estabilidade no comando técnico que não conseguiu na época que findou, em que teve cinco treinadores.

“Devemos ser o único clube do mundo que vendeu dois treinadores na mesma época”, disse, sobre as saídas de Abel Ferreira para o PAOK, da Grécia, e de Rúben Amorim para o Sporting.

Com uma cláusula de rescisão de 10 milhões de euros, Carlos Carvalhal, vai ter como adjuntos João Mário, Sérgio Ferreira, Orlando Silva, João Meireles (preparador físico) e Eduardo (treinador de guarda-redes).

O regresso ao trabalho para a próxima temporada está marcado para o dia 13 de Agosto.

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