Marcelo supera score de Soares com apoio de mulheres e jovens

Eventual candidatura do actual Presidente da República distancia-se dos possíveis concorrentes e do já confirmado candidato a Belém: André Ventura.

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Marcelo, nesta terça-feira, na visita à família do bombeiro morto em Leiria LUSA/Paulo Cunha

A cerca de seis meses das eleições presidenciais de Janeiro de 2021, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, supera a maioria de Mário Soares em 1991, numa candidatura ainda não anunciada, beneficiando do apoio maioritário do eleitorado feminino e dos jovens entre os 18 e os 34 anos.

Marcelo alcança 70,8% das intenções de voto - face aos 70,35% obtidos por Soares -, quase mais 20 pontos do que o resultado que atingiu nas presidenciais de 2016 que o levaram a Belém, e com um acréscimo de quase 10 pontos em relação a Junho no mesmo barómetro da Intercampus publicado nesta quarta-feira pelo CM e Jornal de Negócios.

Em plena pandemia e tendo como palco a crise económica, social e dos corredores turísticos britânicos, uma eventual candidatura de Marcelo abre diferenças relativamente aos apontados como concorrentes e com André Ventura, que já confirmou a sua corrida à Presidência em 2021.

Assim, todas estas eventuais candidaturas perdem fôlego eleitoral. A antiga eurodeputada socialista Ana Gomes, que se distanciou da plataforma de apoios que concitou, perdeu pouco mais de um ponto, surgindo em segundo lugar. Já o líder do Chega, em terceiro lugar, passa de 9,8% em Junho para os 5% neste mês, enquanto Marisa Matias, que repetiria a candidatura do Bloco de Esquerda, recua 1,4 pontos, ficando em quarto lugar.

Como ainda não foi revelado quem é o candidato comunista, neste campo político é sugerida a candidatura de Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, que obteria 2,6%.

O score de Marcelo é alavancado no eleitorado feminino, 73,9% afirmam confiar-lhe o seu voto, entre os jovens na faixa etária dos 18 aos 34 anos (72,9%), e é na região centro e em Lisboa que o actual Presidente da República conta com mais apoiantes.

Quanto à avaliação do desempenho de Marcelo Rebelo de Sousa na Presidência, há uma constante com os barómetros de Maio. Numa escala de um a cinco, mantém os 3,9 pontos, contrastando com as oscilações do primeiro-ministro, António Costa, que em período idêntico baixou, ligeiramente, de 3,7 para 3,5.

O trabalho de campo deste barómetro decorreu entre 8 e 13 de Julho, através de 630 entrevistas telefónicas e anuncia uma margem de erro de 3,9%.

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