Retomada a ligação fluvial de Vila Real de Santo António para Espanha

Está, no entanto, em vigor o “horário de Primavera, com as carreiras a serem efectuadas, de forma intercalada, pelo barco português e pelo barco espanhol”.

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Julián Pérez/EPA

A carreira fluvial pelo rio Guadiana entre Vila Real de Santo António e a cidade de Ayamonte (Espanha) já foi restabelecida, depois de ter sido interrompida em Março, devido à pandemia de covid-19, anunciou nesta sexta-feira a autarquia portuguesa.

A reabertura da passagem fluvial luso-espanhola entre o Algarve e a região autónoma da Andaluzia junta-se assim à ligação rodoviária restabelecida em 01 de Julho, entre Castro Marim e Ayamonte, através da Ponte Internacional do Guadiana, que também tinha sido encerrada em Março, excepto para transporte de mercadorias e trabalhadores transfronteiriços.

“A carreira fluvial entre Vila Real de Santo António e Ayamonte já foi retomada, estando reposta a ligação internacional marítima entre as duas cidades fronteiriças”, anunciou a Câmara de Vila Real de Santo António num comunicado.

A mesma fonte frisou que está, no entanto, em vigor o “horário de Primavera, com as carreiras a serem efectuadas, de forma intercalada, pelo barco português e pelo barco espanhol”.

Francisco Santos, gerente da Empresa de Transportes do rio Guadiana, que gere a embarcação portuguesa que faz a ligação por “ferry” entre as duas margens junto à foz do rio, disse à Lusa que o serviço foi retomado em 10 de Julho, mas “só com a embarcação espanhola, porque a portuguesa estava à espera de concluir a renovação do certificado de navegação, junto da Direcção-Geral dos Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM).

A mesma fonte disse que, entre 01 e 10 de Julho, apesar da reabertura de fronteiras entre Portugal e Espanha, a embarcação espanhola também não operou por se encontrar “no estaleiro em reparações”.

O responsável explicou que foi necessário o barco português “fazer uma vistoria por uma empresa certificada” pela DGRM e esperar pela “deslocação de uma equipa de mergulhadores, que não existe no Algarve, para verificar as condições do casco”, o que motivou o atraso na retoma do serviço pela parte portuguesa.

A mesma fonte reconheceu que “foi difícil” superar este período de encerramento, no qual os colaboradores estiveram em “lay-off” desde Abril até à retoma do serviço, e espera que a normalidade possa ser retomada quanto antes, em segurança.

“Como o movimento ainda é pouco, agora vamos funcionar apenas com uma embarcação a operar em cada semana. Uma semana o serviço é garantido pela embarcação espanhola, na outra pela portuguesa. Se houver uma alteração, rapidamente podemos rever a situação”, disse, referindo-se à possibilidade de ambas operarem em simultâneo, em horários menos espaçados.

Os horários de primavera estão disponíveis através da Internet.

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