Jovem na Mongólia morre de peste bubónica depois de comer carne de marmota

Animal está associado a vários casos da doença. Autoridades já pediram para não se comer marmotas até ao final do ano.

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Casos de infecção por ingestão de marmota não são novidade na região, com um caso semelhante a surgir em 2019 Jacob W. Frank/Latin America News Agency

Um jovem de 15 anos morreu de peste bubónica na Mongólia depois de comer carne de uma marmota infectada, anunciou o ministro da Saúde do país asiático.

A peste bubónica é contagiosa e a província de Gobi-Altai, onde o rapaz e mais dois jovens comeram o animal infectado, foi colocada sob quarentena. Mais 15 pessoas que estiveram em contacto com o jovem foram colocadas em quarentena e estão a tomar antibióticos, assim como os dois rapazes comeram da mesma carne que a vítima.

As pessoas, entretanto, saíram da quarentena no domingo e o governo terminou o período de resposta de emergência. Mas o aviso mantém-se sobre a ingestão de carne de marmota. As marmotas são conhecidas por espalharem a peste bubónica na Mongólia e na China. Os roedores, que vivem em tocas espalhadas pelo Norte do continente asiático, estão associados a vários casos de morte devido a peste bubónica, normalmente por alguém comer a carne destes animais.

O governo da Mongólia lançou um aviso, que durará até ao final de 2020, a pedir à população da região de Bayannur para não comer marmotas e para alertar as autoridades sempre que encontraram uma marmota morta.

O novo caso de peste bubónica veio intensificar o alerta em torno da propagação de peste bubónica no país. No início do mês, duas pessoas tiveram testes positivos para a doença e o Centro Nacional de Doenças Zoonóticas da Mongólia vai lançar um programa de imunização para impedir que a peste se continue a propagar.

Os casos também assustaram os dois vizinhos da Mongólia, duas das nações mais poderosas do mundo: a Rússia já avisou que aumentaria o controlo fronteiriço com a Mongólia para impedir a caça de marmotas; já a China emitiu um alerta para a região autónoma da Mongólia Interior, depois de outro caso ter sido detectado.

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