Veto de Marcelo pode causar 150 mil despedimentos na restauração, diz associação

PRO.VAR considera que veto do Presidente da República ao apoio aos sócios-gerentes prejudica gravemente o sector e pode levar ao encerramento de 40 mil empresas.

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Restauração desconfinou a meio gás. com todos os espaços a verem a sua lotação limitada Teresa Pacheco Miranda

A Associação Nacional de Restaurantes (PRO.VAR) considerou esta terça-feira que o veto do Presidente da República ao apoio social extraordinário aos sócios-gerentes levará ao encerramento de “40 mil empresas e ao despedimento de 150 mil trabalhadores”.

Dias depois de ter denunciado que os apoios aprovados pelo Governo eram “muito insuficientes” para fazer face à conjuntura actual, o veto publicado esta terça-feira por Marcelo Rebelo de Sousa torna a situação “ainda mais difícil, prevendo-se o encerramento ainda mais acelerado”, refere a nota de imprensa enviada à Lusa.

“A associação garante que muito em breve iremos assistir ao encerramento, de pelo menos 40 mil empresas e ao despedimento de 150 mil trabalhadores”, acrescenta a PRO.VAR.

Para sustentar a afirmação, a associação disse basear-se em “vários inquéritos e na análise das 812 empresas que responderam, em simultâneo aos vários inquéritos” feitos entre os dias 13 de Abril e 19 de Junho.

Das conclusões obtidas, a PRO.VAR destaca que “mais de 50% das empresas não tiveram acesso às linhas de crédito de apoio à tesouraria”, que as que reuniram “condições de acesso às linhas de crédito e que têm pedidos de crédito aprovados, ainda se encontram cerca de 40% a aguardar por essas verbas”.

“Metade (50,1%) dos espaços de restauração estão com quebras superiores a 80%”, “dois em cada três restaurantes têm quebras superiores a 70%” e “um em cada três espaços de restauração, têm quebras menores, mas mesmo assim, a maioria das quebras situam-se entre os 30% e os 60%”, são outros dos resultados do inquérito apurados.

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