Como pode ser bela a frustração com o mundo nos Braids

Ao mesmo tempo que encontram o caminho para uma sonoridade clássica, os canadianos afinam em Shadow Offering a sua capacidade de criar canções magníficas com as derrotas quotidianas.

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Ariana Molly

O Movimento dos Braids é tudo menos evidente. Quando os conhecemos há dez anos, a lutar por alguma atenção no meio de tantas outras bandas que denunciavam nas suas canções o quanto se tinham deslumbrado com a audição de Sung Tongs e Feels, dos Animal Collective, seria ajuizado não apostar na sua longevidade. Pareciam uma banda promissora, autora de um disco de estreia bastante convincente (Native Speaker), mas fadada a ser engolida pelo imenso mar pastoso da irrelevância no curto prazo. Eram então um quarteto formado por Raphaelle Standell-Preston (voz, guitarra), Katie Lee (teclados, segundas vozes), Austin Tufts (bateria) e Taylor Smith (baixo, guitarra, samples, percussão), com muitas boas ideias, mas que poderiam ser demasiadas para acomodar numa identidade vincada.

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