O império dos sentidos (múltiplos)

Porno-chachadas com mais chicha do que chacha, sexploitation com mais tomates que muitas séries B: eis em sala ao longo de cinco semanas os Roman Porno do estúdio japonês Nikkatsu. Pornografia softcore que é também grande cinema sério, político, de autor, contraditório, misógino e feminista: Deus e o diabo no império do sol nascente. É o novo ciclo temático da Leopardo Filmes, no Nimas, em Lisboa.

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Peguemos em A Senhora de Karuizawa (1982), primeiro dos dez roman porno japoneses que a partir desta semana, e ao longo de mês e meio, chegam à sala do cinema Nimas, em Lisboa, no mais recente ciclo temático da Leopardo Filmes. Nele, Masaru Konuma (Otaru, 1937) transforma um romance policial num grande melodrama romanesco sobre a luta de classes, centrado na relação proibida entre Yoshiko, a infeliz esposa-troféu de um arrogante empresário, e Junichi, o jovem estudante em busca de um emprego de verão que ela contrata para tutor do filho. Só que com cenas escaldantes de sexo pelo meio.

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