Covid-19. Portugal regista apenas uma morte e 270 novos casos de infecção

O número de pessoas internadas e nos cuidados intensivos aumentou: 440 pessoas (mais 25 do que no dia anterior) e 73 (mais três do que na quinta-feira), respectivamente.

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Unidade de cuidados Intensivos do Hospital Beatriz Ângelo, Loures Miguel Manso

Houve apenas uma morte por covid-19 registada em Portugal no último dia, o número mais baixo desde 19 de Março, há quase três meses. O país contabiliza agora um total de 1505 vítimas mortais.

​Quanto ao número de novos casos, houve um aumento de 0,75%, que corresponde a mais 270 casos de infecção (num total de 36.180 casos). Na região de Lisboa e Vale do Tejo há mais 246 casos, 91% do total de novos casos registados nas últimas 24 horas.

Os dados foram divulgados esta sexta-feira no boletim epidemiológico da Direcção-Geral da Saúde (DGS), que todos os dias é actualizado com a informação recolhida até à meia-noite do dia anterior.

Já recuperaram da infecção 22.200 pessoas, mais 198 do que as registadas na quinta-feira. Há ainda 440 pessoas internadas (mais 25 do que no dia anterior) e 73 em unidades de cuidados intensivos (mais três do que na quinta-feira).

A única morte registada esta sexta-feira em Portugal por covid-19 ocorreu na região Norte e trata-se de um homem entre os 70 e os 79 anos.

A taxa de letalidade global é agora de 4,2% e sobe para 17,4% acima dos 70 anos, anunciou a secretária de Estado Adjunta e da Saúde, Jamila Madeira, na conferência de imprensa desta sexta-feira sobre o estado da pandemia em Portugal.

Dos doentes infectados, 96,5% estão a recuperar no domicílio e 3,5% estão internados: 0,6% em unidades de cuidados intensivos e 2,9% em enfermaria.

​Por concelhos, Lisboa concentra o maior número de casos (com 2803), seguindo-se Sintra (1839 casos), Vila Nova de Gaia (1597) e o Porto (1414). Desde 6 de Junho que o município do Porto não regista novos casos de infecção pelo novo coronavírus, mantendo-se com 1414 casos.

Retirando ao total de infecções o número de mortes e de recuperados, há 12.475 casos de infecção ainda activos em Portugal — mais 71 do que na quinta-feira.

Embora a região de Lisboa e Vale do Tejo continue a registar a maior parte dos novos casos, em termos absolutos e desde o início da pandemia, a região Norte continua a ser aquela com mais casos de infecção, com 17.024 casos e 811 mortes (mais 17 casos do que na quinta-feira). Na região da capital regista-se um total de 14.407 casos e 417 óbitos.

Há 3556 profissionais de saúde infectados

Há registo de 3556 profissionais de saúde infectados até ao momento, dos quais 505 são médicos, 1154 enfermeiros, 1059 assistentes operacionais, 166 assistentes técnicos e 108 técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica.

Na conferência de imprensa, Jamila Madeira acrescentou que, face ao último balanço, recuperaram da doença 198 profissionais de saúde e agradeceu o trabalho de todos os profissionais no combate à pandemia.

“Está a ser um caminho difícil, mas temo-lo feito etapa a etapa. Temos de valorizar o que conquistámos. Fizemo-lo bem e estamos todos de parabéns”, afirmou a secretária de Estado.

Santos populares celebrados “em segurança"

Sobre os santos populares que se aproximam, Jamila Madeira recordou que “temos de nos ajustar aos tempos de excepção que vivemos”. “Reiteramos as medidas que a nível autárquico estão a ser tomadas”, afirmou. Ainda assim, “podemos sempre comer um bom e cobiçado prato de sardinhas”, acrescentou a secretária de Estado.

Já a directora-geral da Saúde sublinhou que, até ao dia 14 de Junho, “devem ser reforçadas as regras de ocupação, permanência, distanciamento físico e higiene nos estabelecimentos de restauração”, assim como nas esplanadas.

Não são permitidas “celebrações e actividades com aglomerações” de mais de dez pessoas, disse Graça Freitas, relembrando que o Santo António “não se comemora só em Lisboa” e que por isso as regras devem ser respeitadas em todos os locais. O objectivo é que as pessoas “desfrutem em segurança, salvaguardando a sua saúde e a saúde de todos”.

Uma “procura bastante activa” de casos de infecção

Em relação aos casos de infecção registados nos últimos 15 dias, Graça Freitas referiu que “tem muito a ver com a política de detecção dos casos” e que “há uma procura bastante activa dos casos”.

“Apesar de termos uma incidência relativamente elevada, felizmente não tem tido repercussão no número de internamentos, nem em cuidados intensivos”, acrescentou a directora-geral da Saúde, destacando que as taxas de mortalidade e de letalidade em Portugal não são tão elevadas “como noutros países extremamente desenvolvidos”.

E embora a maior parte das pessoas tenha uma situação de doença muito ligeira, Graça Freitas lembrou que aquelas que necessitam de internamento, nomeadamente em cuidados intensivos e com ventilação, têm recuperações mais demoradas e que “ainda é cedo para tirar conclusões” sobre eventuais sequelas.

Na quinta-feira registaram-se 310 novos casos e, desses, 91% foram identificados na região de Lisboa e Vale do Tejo. Nesse dia foram ainda reportadas mais sete mortes e mais 260 pessoas recuperadas da doença.

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