Aprovado adiamento do reembolso de empréstimo obrigacionista do FC Porto

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a SAD “azul e branca” deu conta da aprovação do adiamento, com 87% dos votos a favor e 13% contra.

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Estádio do Dragão Reuters/MIGUEL VIDAL

O reembolso do empréstimo obrigacionista da FC Porto SAD foi adiado esta sexta-feira por um ano, para o dia 9 de Junho de 2021, após aprovação da Assembleia-Geral de obrigacionistas, anunciou a sociedade.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a SAD “azul e branca” deu conta da aprovação do adiamento, com 87% dos votos a favor e 13% contra, e do reconhecimento de que o não pagamento na data prevista, inicialmente marcado para terça-feira, “não constitui uma situação de incumprimento das obrigações”.

Igualmente aprovada por larga maioria dos obrigacionistas, com 90% dos votos a favor e 10% contra, foi a alteração dos termos e condições do instrumento financeiro, a fim de conceder à FC Porto SAD “a opção de reembolso antecipado [...] em qualquer dia útil, pelo respectivo valor nominal acrescido de juro corrido, desde que seja dado aos obrigacionistas aviso prévio de 15 dias úteis”.

O adiamento do pagamento das obrigações em um ano foi uma pretensão justificada pela SAD “azul e branca” com a incerteza provocada pela pandemia de covid-19.

A emissão em causa, que vencia já na terça-feira, 9 de Junho, é de 35 milhões de euros e tinha como pressuposto uma nova emissão, para o seu pagamento.

Em 27 de Abril, os “dragões” explicaram em comunicado que o reembolso do empréstimo poderá ser executado antes da data proposta e hoje aprovada, tendo este adiamento o objectivo de potenciar “o sucesso de uma emissão obrigacionista concretizada num cenário mais favorável”.

“O que faríamos normalmente seria o lançamento de um novo empréstimo obrigacionista no mesmo valor e com a mesma taxa [4,5%], que é bastante boa. Já fizemos sete e sempre tivemos procura bastante superior à oferta. [...] Mas entendemos que o momento é demasiado incerto para tentarmos essa operação”, explicou Fernando Gomes, administrador financeiro daquela sociedade, em declarações ao jornal O Jogo.

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