Marcelo é a personalidade em que os portugueses mais confiam

Apesar dos políticos serem das classes profissionais que merecem menos confiança, o estudo realizado pelas Selecções do Reader’s Digest confirma a popularidade do Presidente da República e revela uma subida para o dobro do reconhecimento do primeiro-ministro.

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Marcelo eIsabel Jonet estão entre as personalidades mais populares em Portugal, segundo a LUSA/ANTÓNIO COTRIM

Marcelo Rebelo de Sousa é a personalidade em quem os portugueses mais confiam, segundo o estudo Marcas de Confiança, realizado pela revista Selecções do Reader’s Digest a que responderam cerca de 960 pessoas consideradas representativas da sociedade portuguesa.

O estudo pediu aos inquiridos que, independentemente de qualquer sector da sociedade, indicassem um nome que fosse digno do título que recolhe a máxima confiança entre os portugueses, sem dar qualquer sugestão. Tal como no ano passado, o Presidente da República foi o mais apontado, com 35%, desta vez sendo seguido por Cristiano Ronaldo (6%) e António Guterres (4%).

Embora os políticos estejam entre as profissões em que os portugueses menos confiam, o primeiro-ministro mais do que duplicou a votação obtida no ano passado. Quando questionados especificamente sobre os políticos que mais merecem confiança, António Costa recolheu 21% das indicações dos inquiridos, mais do dobro que os 10% que escolheram o seu nome no estudo de 2019. A terceira personalidade política mais referenciada é o presidente do PSD, Rui Rio (9%).

As profissões em que os portugueses mais confiam são os bombeiros e a investigação científica e a medicina. Nestes dois últimos sectores, os nomes mais reconhecidos são Manuel Sobrinho Simões, reputado médico e investigador (15%), seguido de António Damásio (10%) e Nuno Peres (10%).

Na medicina, António Gentil Martins, cirurgião pediátrico que aos 89 anos continua a exercer, mantém a confiança que há nove anos lhe tem sido declarada. O oftalmologista João de Deus, ocupa pela primeira vez o segundo posto nesta avaliação, com 14%, seguido de Manuel Antunes (12%).

Álvaro Siza Vieira, o mais premiado arquitecto português, recebe a confiança máxima dos portugueses, dentro da sua categoria, com 74% dos votos nesta edição. Na Gastronomia, José Avillez (28%) continua a encabeçar o ranking, seguido por Henrique Sá Pessoa (23%) e Kiko Martins (17%).

Na categoria de empresariado, mais uma vez, o comendador Rui Nabeiro volta a ficar em primeiro lugar na confiança dos portugueses (48%), seguidos de outros duas grandes figuras já falecidas, mas que continuam a merecer a confiança dos portugueses: Alexandre Soares dos Santos (13%) e Belmiro de Azevedo (9%)

José Rodrigues dos Santos obtém o maior nível de confiança dos portugueses, na categoria literatura (25%) pelo nono ano consecutivo e voltando também a encabeçar o ranking no Jornalismo. Ficaram inalteráveis os lugares seguintes: António Lobo Antunes (13%) e Saramago (12%). Na categoria de jornalismo, José Alberto Carvalho (13%) fica em segundo lugar e Ana Leal (7%) em terceiro.

As artes plásticas, área analisada neste estudo pelo segundo ano, revelam alterações nos lugares cimeiros. Desta vez, Paula Rego (19%) ascende à liderança, passando Joana Vasconcelos (14%) à segunda posição, seguida de Artur Bordalo (8%). Fátima Lopes lidera na categoria de moda (48%), seguida de Ana Salazar (10%) e Sara Sampaio (8%).

Já na representação, Ruy de Carvalho é a personalidade que colhe mais votos (34%), sendo que Diogo Infante aparece em segundo lugar (6%) e Eunice Muñoz em terceiro (5%).

A fechar esta lista de 12 personalidades, na categoria de ONG, Isabel Jonet, a presidente do Banco Alimentar, é a personalidade em quem os portugueses mais confiam (19%), seguida da AMI (14%) e em terceiro lugar, a Abraço (8%).

A Revista Selecções do Reader’s Digest, através do estudo Marcas de Confiança que comemora este ano 20 anos, avalia os níveis de confiança dos portugueses em diferentes realidades. Hoje são avaliadas 60 categorias, de produtos ou serviços, para além de outras questões de âmbito pessoal, político ou económico, seja sobre instituições, profissões, personalidades ou relações pessoais. A metodologia de pergunta aberta usada no questionário procura garantir a “inequívoca opinião dos inquiridos, sem qualquer tipo de condicionante das respostas”.

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