13 de Maio: emergência ou conveniência?

A guerra bacteriológica que nasceu na China determinou um estado dito de Emergência que afinal é de semi-emergência para António Costa e para a “nova” autoridade de saúde pública, Marta Temido. O Estado de emergência passou a Estado de “conveniência”. Temos emergência da vida e não a conveniência de politiquices.

A comunidade científica dividiu-se e o lado bom ganhou, na redução de risco que defendia a protecção com o uso de máscaras, à qual a ministra da Saúde e a Direcção-Geral de Saúde (DGS) finalmente anuíram. A DGS assim o comunicou e a ministra, finalmente, assumiu (em entrevista a um canal do próprio PS) que não tinha sido boa na comunicação. Espremida por Rodrigo Guedes de Carvalho, disse tantos disparates que acabou por se atrapalhar ainda mais com a CGTP e o 1.º de Maio.

Afinal, os cristãos e os católicos podiam ir a Fátima, cumprindo as regras impostas pela DGS. Bem-haja, João Miguel Tavares, escreve no PÚBLICO que o Governo e Costa permitem (impondo à DGS...) ao círculo íntimo as exceções que não permite aos pobres portugueses. É o 25 de abril com o alto patrocínio do chefe de Estado e do presidente da Assembleia da República (servir a esquerda sempre!), é o 1.º de maio e as manifestações da CGTP e deslocações entre concelhos com a malta toda coladinha uma à outra...

Escreve o mesmo João Miguel Tavares na edição do PÚBLICO de 9 de maio que “a festa da CGTP na Alameda saiu muito cara ao PCP... e que nem o Governo nem a presidência da República se poderiam dar ao luxo de permitir mais um ajuntamento de milhares de bandeirinhas vermelhas” num folclore carnavalesco. No dia da mãe, porque o Estado dito de emergência só terminou dia 4, não pude ver a minha mãe e os meus filhos não puderam ver a mãe deles.

E, por ocasião do 13 de Maio, e da procissão das velas que mobiliza anualmente milhares de pessoas do mundo inteiro a Fátima, a igreja católica não quer ter a crucificação deste Governo de conveniência a acusá-la de ter casos de infecção causados pelas viagens na nossa terra, nas peregrinações a Fátima. Enquanto isso, viajei eu até aos Monfortinos. E, acolhida pelos sacerdotes, me coloco a questão sobre a fé. Porque não têm tido os portugueses cristãos e católicos os mesmos direitos que têm sido concedidos, por este Governo de Costa, a título de conveniência, aos sindicalistas ou comunistas, ou bloquistas?  

Existirão ou não diferenças para este primeiro-ministro entre ser-se de esquerda ou ser-se de igreja? Será que ele se dá conta que esse preço poderá ser pago? A título de exemplo, em políticas de proximidade nas próximas autárquicas? Já que foram estas as primeiras a serem crucificadas por não serem alinhadas com o seu Governo nem com a aproximação à pseudo-geringonça? Enquanto isso, rezo por Portugal e pelos portugueses, sobretudo os mais pobres e mais desfavorecidos que não têm acesso à propaganda do “estamos on”.

Esquecem-se do nível de literacia por onde andamos de um S. Romão, em Panóias. Confinadas as minhas amadas velhinhas. Com quem rezei o terço e que não veem um sacerdote nem ninguém há imenso tempo... mas lá têm um deputado do PS, que até foi presidente de câmara e se aburguesou, e mantém o seu delfim a tomar conta do burgo e a pobreza aumenta... e rezo, para que haja muitos João Miguel Tavares que consigam ter um pensamento elevado e crítico capaz de discernimento e de mobilização social das elites. Que nos ponham a pensar sobre o que é justo e injusto. E este primeiro-ministro é injusto. Promete tudo. Mas não dá nada.

Rezo pela China e por tanta propaganda, tal como em tempos pela Isabel dos Santos, agora diabolizada. A China era a “grande amiga”. Um facto: abriu-se à epidemia; converteu-a em pandemia. Atingiu os países mais industrializados e desenvolvidos e ela, rapidamente se fechou ao surto. Fez-se luz: converteu-se num milagre de ajuda e misericórdia internacional: fornecendo ventiladores e aviões com paletes de ventiladores e sei lá mais o quê, cujos manuais eram em chinês.

Eis o grande império a falar. Deveria este “grande” Governo socialista saber um pouco mais de história e recordar quem foi famoso imperador mongol de Gengis Khan, que se descrevia a si próprio como “o flagelo de Deus”. Matou milhares de pessoas com aquela que foi denominada a primeira guerra bacteriológica.

Respeitando o alarme em saúde pública, os portugueses estão cansados da calamidade de conveniência. Porque se o Estado deveria servir os seus interesses, deveria servir o dos mortais, os de Maria Antónia, de S. Romão, e os de Judite, viúva com uma pensão miserável. Abandonas num concelho socialista. Ocorre dizer, senhor primeiro-ministro: “Sua Exa. goza de fartura” (A cidade e as Serras). Os portugueses, incluída estou, estão fartos. O 13 de Maio é emergência ou conveniência?

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