Dono do PSG julgado na Suíça por corrupção com direitos de TV

Nasser Al-Khelaïfi, empresário do Qatar, é um dos homens mais ricos do mundo.

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Nasser Al-Khelaïfi Reuters/CHRISTIAN HARTMANN

O dono do Paris Saint-Germain, Nasser Al-Khelaïfi, igualmente detentor do grupo televisivo beIN Media, vai ser julgado na Suíça por corrupção ligada à atribuição de direitos de TV dos Mundiais de futebol de 2026 e 2030.

O tribunal criminal federal de Bellinzona (sudeste) vai começar a 14 de Setembro a julgar o dirigente e o francês Jérôme Valcke, ex-secretário geral da FIFA, que esta suspendeu por 12 anos devido a corrupção, e um terceiro homem cujo nome não foi divulgado.

Os três homens estão acusados de instigação e gestão danosa, falsificação de documentos e corrupção activa e passiva.

O empresário catari é acusado de ter concedido vantagens ilegais a Jérôme Valcke em troca da atribuição de direitos de transmissão para o médio oriente dos Mundiais de 2026 e 2030.

Valcke, então o braço direito do ex-presidente da FIFA Sepp Blatter, teria recebido em troca três pagamentos que totalizariam 1,25 milhões de euros e o uso grátis de uma propriedade de luxo na Sardenha, Itália.

O arguido não identificado, um empresário no campo dos direitos desportivos, é acusado de instigar a gestão danosa de Valcke num outro caso, no qual o francês precisava garantir que a empresa MP & Silva LTD obtivesse direitos para a Itália para os Mundiais da Rússia 2018 e Qatar 2022.

Devido a diferentes casos de corrupção, incluindo um de revenda de bilhetes para o Mundial 2014 do Brasil, Valcke já tinha sido suspenso pela justiça interna da FIFA por um período de 12 anos, entretanto reduzidos a 10 pelo Tribunal Arbitral do Desporto (TAS).

Um outro julgamento, relacionado com três antigos dirigentes do futebol alemão, por suspeita de compra de votos para que o país ganhasse o Mundial 2006, na Alemanha, foi iniciado a 9 de Março, porém foi suspendo face à covid-19.

Segundo a imprensa suíça, o caso já terá prescrito, contudo o tribunal criminal federal prometeu informar “no devido tempo” o ponto da situação.

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