Covid-19: produtores de queijo de Castelo Branco queixam-se de quebra de 50% nas vendas

A situação que se vive tem um efeito de cascata, ou seja, se não se vende queijo, não se pode comprar leite.

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LUIS RAMOS/LUIS RAMOS

A Associação dos Produtores de Queijo do distrito de Castelo Branco (APQDCB) queixou-se nesta quarta-feira de quebras de 50% nas vendas de queijo e fez um balanço “dramático” da situação que o sector está a atravessar.

“O balanço é dramático. As vendas [de queijo] diminuíram mais de 50%. Aquilo que me tem chegado ao conhecimento é que há gente muito próximo de fechar as portas, sobretudo ao nível dos fabricantes”, explicou à agência Lusa Carlos Godinho, da APQDCB.

Este responsável sublinhou que a situação que se vive desde o início da pandemia da covid-19 é muito grave e tem um efeito de cascata, ou seja, se não se vende queijo, não se pode comprar leite.

“Os produtores estão muito apreensivos. Não sabem o que devem fazer ao leite e ao queijo. A maior parte não sabe o que vai acontecer. É uma alteração muito grande na vida das pessoas”, frisou.

Já quanto a apoios ao sector, Carlos Godinho explicou que, para as queijarias, os bancos concedem linhas de crédito para apoio à tesouraria: “Para a parte da produção, ainda não ouvimos nada. Espero que venham a dar apoios”.

Para já, este responsável adiantou que a única solução passa por pedir que haja uma diminuição na produção, “para ver se se consegue aguentar”.

A Associação dos Produtores de Queijo do Distrito de Castelo Branco é responsável pelos queijos de Denominação de Origem Protegida (DOP), queijo de Castelo Branco, Amarelo da Beira Baixa e Picante da Beira Baixa.

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