Perderam-se 120 mil empregos na indústria americana de cinema e TV

A estimativa é do sindicato do sector do entretenimento dos Estados Unidos, que assinala que os números aumentarão numa altura em que 80% dos seus filiados, a maioria técnicos em regime “freelancer”, estão sem trabalho.

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A pandemia de covid-19 levou à paralisação total dos estúdios de cinema e televisão americanos Mike Blake/REUTERS

O sindicato do sector do entretenimento nos Estados Unidos estima que se tenham perdido pelo menos 120 mil empregos na indústria de cinema e televisão devido ao impacto do covid-19.

O IATSE (sigla em inglês para Aliança Internacional de Trabalhadores de Cena) alerta que a sangria está a acentuar-se, numa altura em que 80% dos seus 150 mil filiados, na maioria técnicos em regime freelancer, perderam os seus trabalhos após a paralisação total dos estúdios de cinema e televisão.

A elevação da covid-19 a pandemia levou Hollywood a travar a fundo, com o cancelamento de filmagens, produções, estreias e eventos públicos, causando uma disrupção sem precedentes no ecossistema da capital do entretenimento. Assistentes de produção, guionistas, desenhadores, maquilhadores e outros técnicos ligados ao cinema estão sem trabalho.

Também o Sindicato Internacional de Cineastas, numa mensagem dirigida aos seus membros, alertou para a alteração de circunstâncias no sector. Ambos os sindicatos pediram à indústria do espectáculo e entretenimento que faça incluir os trabalhadores do sector entre os beneficiários dos fundos de apoio que a Administração dos Estados Unidos está a preparar.

O IATSE já aprovou um pacote de donativos de 2,5 milhões de dólares (2,3 milhões de euros) para três organizações da indústria: os fundos de actores dos Estados Unidos e do Canadá e o Motion Picture and Television Fund.

Outra iniciativa, chamada #PayUpHollywood (financia Hollywood), está a tentar angariar donativos para os trabalhadores de um sector em que uns poucos acumulam milhões, mas a generalidade trabalha em condições incertas e precárias. Também a Academia de Gravação — que organiza os prémios Grammy — anunciou que vai criar um fundo para atenuar os efeitos económicos da crise da covid-19 na indústria musical, especialmente nos concertos ao vivo.

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