Marta Orriols: “A vida está cheia de pequenas misérias”

Aprender a Falar com as Plantas é o primeiro romance da autora catalã Marta Orriols, que acredita que só ao escrever-se na língua materna se consegue ter uma essência mais visceral, mais emocional. A obra nasceu numa altura de perda, mas não é um livro de autoficção.

Foto
daniel rocha

Marta Orriols estava um dia numa livraria à procura de um calendário de plantas para oferecer no Natal quando teve a ideia para o título do seu primeiro romance: Aprender a Falar com as Plantas (D. Quixote). Queria que estivesse no título a ideia de morrer jovem, que estivesse relacionado com a Primavera. Mas em Espanha já havia um livro a ser reeditado, A Morte e a Primavera, de Mercè Rodoreda (Relógio d’Água). Não lhe pareceu bem utilizar de novo estas palavras. “De repente, comecei a ver todos aqueles manuais de ‘como cuidar não sei quê do teu jardim’ e não havia nenhum sobre falar com as plantas. Pareceu-me que um título armadilha como este tinha um simbolismo muito bonito”, conta a escritora catalã ao Ípsilon num momento mais calmo no festival Correntes d’Escritas, na Póvoa de Varzim, onde a literatura catalã esteve em destaque.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção