Coronavírus: Manuel Monteiro e Ribeiro e Castro assumem posição conjunta a favor do controlo de fronteiras

Os dois ex-líderes do CDS defendem que todas as fronteiras sejam alvo de restrições.

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José Ribeiro e Castro assume que outras posições conjuntas com Manuel Monteiro são possíveis Andreia Carvalho

Manuel Monteiro e José Ribeiro e Castro, dois antigos líderes do CDS, assumiram uma posição conjunta a favor da “reintrodução temporária do controlo nas fronteiras internas — terrestres, aéreas e marítimas”, em resposta à pandemia da covid-19. A declaração surge depois de ambos terem trocado impressões sobre o assunto. Ao PÚBLICO, José Ribeiro e Castro assume que a tomada de posições conjuntas “pode acontecer no futuro”.

Na declaração a que o PÚBLICO teve acesso, os antigos dirigentes centristas defendem que “está na hora de o Governo português determinar o accionamento imediato do previsto nos artigos 25.º e seguintes do Código das Fronteiras Schengen, determinando a reintrodução temporária do controlo nas fronteiras internas — terrestres, aéreas e marítimas”.

José Ribeiro e Castro explica que não se trata do “encerramento de fronteiras”, mas sim a reposição do controlo em que o “Estado pode aplicar restrições de atravessamento”, permitindo, por exemplo, a passagem de “veículos de segurança e de saúde” bem como os “transportes de mercadorias”.

O antigo líder dos centristas concorda com o primeiro-ministro, António Costa, em impor restrições ao turismo. A situação da entrada de turistas de um cruzeiro que não puderam desembarcar em Lisboa e que o fizeram em Cádis, atravessando a fronteira terrestre para chegar território nacional, foi “um desafio às autoridades portuguesas”, considerou Ribeiro e Castro, que qualifica o caso como “inadmissível”.

José Ribeiro e Castro considera que a reposição do controlo de fronteiras “é um acto de saúde pública” e que já aconteceu na altura do Euro 2004 e da realização de uma cimeira da NATO em Lisboa em 2010.

Também o actual líder do CDS, num comunicado enviado neste domingo, defendeu o “encerramento de fronteiras” como a “única forma de confinar a pandemia”. “A entrada descontrolada de pessoas em território nacional é factor de propagação e contágio da doença”, declarou Francisco Rodrigues dos Santos.

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