Coronavírus: Conselho Deontológico pede aos jornalistas que não caiam em “práticas levianas”

Um dos apelos do Conselho Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas é o da não utilização da Linha Saúde 24 para fins de reportagem.

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ADRIANO MIRANDA

O Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas (CDSJ) apelou neste sábado aos jornalistas que “não descurem os deveres e obrigações de respeito integral pelos princípios da deontologia da profissão ao cumprirem o seu dever de informar a sociedade sobre a situação e a evolução da pandemia de coronavírus em Portugal e no mundo”.

O conselho apela também aos jornalistas que “se empenhem neste momento crítico do país em servirem a comunidade”, cumprindo o seu dever de informar “de forma rigorosa a população e de transmitirem as medidas de estado de emergência aprovadas pelo Governo”.

“O CDSJ condena interpretações e noticiário alarmista da situação da pandemia, de modo a cumprir o dever de bem informar, sem criar um clima de pânico público”, acrescenta a nota publicada neste sábado

Apela ainda aos jornalistas que “não caiam em práticas levianas que prejudicam a comunidade, ao efectuarem a cobertura jornalística da pandemia de coronavírus”.

Pede ainda que “ponderem com muito cuidado a relação de custo – benefício de opções editoriais que possam pôr em causa o bem maior em nome do interesse público”. “Por exemplo, a utilização da Linha Saúde 24 para fins de reportagem, porque esse acto contribui para sobrecarregar as linhas telefónicas, numa utilização daquele meio de urgência destinado as pessoas que estão em situação de fragilidade psicológica e suspeitas de estarem infectadas, acrescenta.

O conselho também apela aos jornalistas que respeitem a privacidade de todas as pessoas e aos jornalistas de imagem que não recolham imagens em que seja exposta a identidade de doentes ou de pessoas que suspeitam estar infectadas.

“Em resumo: o CDSJ apela aos jornalistas que não vacilem na sua função de informar a sociedade, mas que, ao mesmo tempo, não vacilem também no desempenho profissional consciente e rigoroso, em obediência ao Código Deontológico”, diz.

Por fim, o CDSJ saúda os jornalistas que têm feito um trabalho rigoroso e consciente, cumprindo o seu dever social de informar, mesmo expondo-se, muitas vezes, a situações de risco.

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