Portugal com chuva de nomeações para os “óscares” do turismo europeu

Num ano terrível para o turismo, estes “óscares” podem pelo menos trazer alguma animação ao sector. A pandemia alterou os planos dos World Travel Awards 2020 para a Europa, mas eles movem-se: depois de em 2019 ter voltado a conquistar o óscar de melhor destino do mundo, Portugal soma 140 nomeações. Todos podem votar até 24 de Setembro. Os resultados serão revelados em Outubro.

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Sendo que na ronda mundial dos World Travel Awards em 2019, Portugal foi declarado (outra vez) o melhor destino turístico do mundo, é sem surpresas que a listas de nomeações portuguesas, agora para a ronda europeia de 2020, é longa, muito longa, embora mais curta que no ano passado: contam-se 140 nomeações (145 em 2019).

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Sendo que na ronda mundial dos World Travel Awards em 2019, Portugal foi declarado (outra vez) o melhor destino turístico do mundo, é sem surpresas que a listas de nomeações portuguesas, agora para a ronda europeia de 2020, é longa, muito longa, embora mais curta que no ano passado: contam-se 140 nomeações (145 em 2019).

Depois de também ter conquistado o prémio de melhor destino europeu pelo terceiro ano consecutivo em Junho do ano passado, numa cerimónia que, pela primeira vez, decorreu na Madeira e galardoou não só a ilha portuguesa (melhor destino insular) como 40 outros destinos e projectos turísticos nacionais, voltam a chover nomeações nas principais categorias daqueles que são internacionalmente considerados os “óscares” do turismo mundial.

Uma vez mais, Portugal é candidato a melhor destino turístico da Europa, mas também a melhor destino de turismo de aventura do continente e melhor destino para excursões. Noutra categoria, há até uma “concorrência” curiosa: os Açores e Portugal estão ambos nomeados para o prémio de melhor destino de aventura. Os Açores concorrem ainda a melhor destino insular, a par da Madeira. Já o Algarve integra a lista de nomeados a melhor destino de praia, enquanto Lisboa e Porto concorrem a melhor city break​. A capital portuguesa está ainda nomeada para melhor destino citadino e melhor destino de cruzeiros (o Porto de Lisboa é outro dos nomeados, na categoria de portos de cruzeiros). O Porto e Norte de Portugal candidatam-se ainda a um novo troféu, o de melhor destino de Património para uma rota cultural e histórica.

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Paulo Pimenta

Já os Passadiços do Paiva voltam a entrar no leque de projectos nomeados: concorre a melhor atracção de turismo de aventura (a que se habilitam também os novíssimos passadiços das Fragas de São Simão, Figueiró dos Vinhos)melhor atracção turística e melhor projecto de desenvolvimento turístico. Nestas últimas duas categorias, concorre com o Dark Sky Alqueva, também nomeado para o prémio de turismo responsável (a par dos Açores). 

Quanto a entidades governativas ligadas ao sector, o Turismo de Lisboa entra nos candidatos a melhor organismo de turismo citadino da Europa e o Turismo de Portugal nos nomeados a melhor organismo de turismo europeu (ambas vencedoras nas respectivas categorias no ano passado).

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O Dark Sky Alqueva está nomeado em três categorias: melhor atracção turística, melhor projecto de desenvolvimento turístico e melhor projecto de turismo responsável Nelson Garrido

Entre os nomeados, volta ainda a destacar-se a TAP Air Portugal, nomeada para sete galardões: melhor companhia aérea, melhor classe executiva, melhor classe económica, melhor marca, melhor transportadora para África e para a América do Sul, e melhor revista de bordo (Up Magazine). À companhia aérea portuguesa junta-se o aeroporto de Lisboa no bloco de prémios ligados ao transporte aéreo e, nos charters, a euroAtlantic.

A chuva de nomeações multiplica-se com os galardões para o sector hoteleiro, que mais uma vez integra a lista de candidatos com dezenas de referências nas mais variadas categorias, repartindo-se pela hotelaria de luxo, maioritariamente localizada em Lisboa, Algarve e Madeira, mas também com passagens por outras cidades e regiões turísticas.

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Voltam a chover nomeações para a hotelaria de luxo, maioritariamente localizada nas grandes cidades e destinos turísticos nacionais Bruno Simões Castanheira

Além de premiar os mais votados a nível europeu, em cada ronda dos WTA são também premiados os mais votados por país (veja abaixo a selecção nacional que compete a nível nacional). 

Na edição europeia dos WTA no ano passado, Portugal somou 41 distinções – já na final mundial, o país conquistou 12 galardões. A 20 de Outubro vão conhecer-se os vencedores a nível europeu (a cerimónia deveria ocorrer em Antália, na Turquia, em Junho, mas a covid-19 mudou os planos). A grande gala final está marcada para 27 de Novembro em Moscovo, na Rússia, e a organização, apesar de ter cancelado outros eventos após a declaração de pandemia, não alterou (ainda) nem data, nem local.

Como funcionam os World Travel Awards?

Nomeações e Candidaturas
Foram criados em 1993 para premiar a indústria turística a nível mundial, estimulando a “competitividade e a qualidade”. Termina na final mundial mas tem rondas regionais. As nomeações para os prémios são feitas por três vias: incluem o vencedor e os outros dois candidatos mais votados, autocandidaturas após análise e aprovação pelo painel de especialistas dos WTA e projectos recomendados pelo mesmo painel. No caso das autocandidaturas, os interessados têm de pagar entre 399 e 499 libras (456/571 euros) para submeterem-se à consideração dos especialistas da organização.

Votação
Após o anúncio das listas de nomeados, começa o processo de votação. Toda a gente pode votar no site oficial até 24 de Setembro (nova data pós-pandemia, a inicial era em Maio) mas com um twist: o voto dos profissionais da indústria turística vale por dois. Segundo a WTA, costumam votar cerca de 200 mil profissionais do sector, em 160 países.