FC Porto quer fazer o que não foi feito na Alemanha

“Dragões” tentam virar a eliminatória frente a um Bayer Leverkusen desfalcado no ataque.

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LUSA/FERNANDO VELUDO

O Bayer Leverkusen apresenta-se na quinta-feira, no Estádio do Dragão (17h55, SportTV), sem uma das principais referências ofensivas (Kevin Volland), mas com uma vantagem de um golo decorrente do jogo da primeira mão dos 16 avos-de-final da Liga Europa (2-1). Indiferente a estes dados, o FC Porto vai procurar dar a volta à eliminatória, com a garantia de que limou as arestas que impediram que tivesse alcançado um resultado melhor na Alemanha.

Mais do que analisar o adversário, Sérgio Conceição aproveitou a conferência de imprensa para deixar um elogio ao futebol germânico. “Sou admirador confesso da Bundesliga. Olhamos para a ronda europeia destas equipas e todas ganharam. É um campeonato fortíssimo, intenso e o contexto desportivo é muito alto. Já defrontei equipas alemãs na Champions e sei o que estou a falar”. 

O treinador do FC Porto, que salientou ainda um “futebol agressivo, com muita intensidade e que não permite aos adversários terem bola”, deixou claro que foram identificadas as lacunas da primeira mão. “Será extremamente difícil, mas nós somos o FC Porto e estamos habituados a estas lides. Nós olhamos para aquilo que não fizemos na Alemanha, principalmente na primeira parte, porque sabíamos os pontos fortes deste adversário. Isso foi trabalhado”.

Já sob as ordens do técnico português, os “dragões” superaram, na época passada, um desafio idêntico ao actual. Diante da Roma, nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões, perderam o primeiro encontro também por 2-1, em Itália, mas acabaram por apurar-se para os “quartos” graças a um triunfo por 3-1, no Dragão.

Provavelmente alertado por essa reviravolta e pelo passado muito consistente do adversário nas provas europeias, o treinador do Bayer Leverkusen deixou uma garantia. “A nossa estratégia vai ser voltar a ganhar. Não quero saber da posse de bola. Queremos atacar e vencer o jogo”, insistiu Peter Bosz, assumindo ao mesmo tempo que o resultado da primeira mão foi positivo.

Na BayArena, os alemães até tiveram mais posse (56% contra 44%) e mais remates (18 contra oito), mas o técnico holandês admite que o FC Porto venha a ter agora do seu lado a iniciativa do jogo.  “Vão ter de atacar, mas não sei se o farão desde o início. Pode ser que pressionem desde os primeiros minutos, ou podem guardar-se para o final. Mas estaremos preparados e concentrados no nosso jogo”, afirmou Bosz.

Sem confirmar a utilização de Pepe ou Danilo, Sérgio Conceição tem uma outra preocupação acessória, que só terá peso real se o FC Porto passar a eliminatória: Corona, Manafá, Uribe e Alex Telles estão em risco de exclusão se virem um cartão amarelo. Nada que, assegura, ponha em causa o comprometimento para o jogo.

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