Bruno Lage desconfia da vantagem do Benfica na Taça de Portugal

“Encarnados” e Famalicão jogam, nesta terça-feira (20h45), a segunda mão da meia-final da Taça de Portugal.

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Reuters/RAFAEL MARCHANTE

“A diferença de 3-2 não é garantia de nada”. É desta forma que Bruno Lage, treinador do Benfica, olha para o resultado conseguido no Estádio da Luz, na primeira mão da meia-final da Taça de Portugal, e que será o ponto de partida para o segundo jogo, em Famalicão, nesta terça-feira (20h45).

Antes de defrontar o clube nortenho, Lage abordou o momento anímico das equipas – Benfica vem de uma derrota frente ao FC Porto e o Famalicão foi goleado pelo V. Guimarães –, dizendo, no entanto, que as desilusões recentes não pesarão neste jogo da Taça.

“Acho que isso não tem peso nem para um lado nem para o outro. São competições diferentes e as equipas estão em pé de igualdade. Do nosso lado, o que sinto é uma vontade de voltar a jogar bem, principalmente sem bola”, declarou, manifestando a convicção de que a sua formação vai surgir “fresca” em campo, depois de um clássico muito intenso no último sábado, no Dragão.

Perante os sete golos sofridos nos três encontros anteriores, o técnico dos “encarnados” recusou individualizar o problema, colocando-o como uma “questão colectiva”. Paralelamente, assumiu a necessidade de “maior equilíbrio”, ao lembrar que quem faz dois golos no Estádio do Dragão tem de trazer pontos.

“Além da nossa organização, intenção e forma de pressionar, temos de ser efectivos nessa pressão. Naquilo que é o colectivo, temos de ter uma taxa de sucesso maior na disputa dos duelos individuais. Temos de ir para condicionar e bloquear as saídas”, explicou.

Famalicão também sem amarras mentais

Do lado contrário, João Pedro Sousa, treinador do Famalicão, seguiu uma retórica semelhante à de Lage. “[Derrota na Liga] não afecta a nossa confiança, mas claro que foi um resultado pesado. Não estávamos preparados para uma derrota com essa dimensão. Mas esta é uma competição diferente e não vai influenciar em nada. É praticamente uma final e é um jogo demasiado importante para a história do clube e para cada um de nós. Estamos completamente focados e o que ficou para trás não conta”, assegurou, nesta segunda-feira, na antevisão da partida.

Depois da derrota pela margem mínima na primeira mão, o técnico entende que a equipa famalicense não tem de mudar radicalmente, mas considera que a “gestão do jogo na posição de vencedor” pode ser melhorada.

O treinador acredita que a sua equipa pode fazer história e eliminar o Benfica, o que significaria o apuramento para a final da Taça de Portugal pela primeira vez na sua história.

“Acreditamos, claramente. Perdemos na primeira mão e ficámos com a nítida sensação de que poderíamos ter trazido outro resultado e é com esse espírito que vamos entrar. Queremos vencer e jogar a final”, afirmou.

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