PGR de Angola nega negociações com Isabel dos Santos

Expresso tinha noticiado contactos entre os advogados da empresária e a justiça angolana com vista a um acordo para o levantamento do arresto dos bens filha de José Eduardo dos Santos.

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O procurador-geral angolano Hélder Pitta Gróz LUSA/MÁRIO CRUZ

A Procuradoria-Geral da República (PGR) de Angola desmentiu este domingo que estejam em curso contactos entre advogados de Isabel dos Santos e a justiça de Luanda, como o semanário Expresso tinha noticiado no sábado.

“Não há qualquer negociação em curso com a cidadã Isabel dos Santos ou seus representantes, referente aos processos (criminais e cíveis) que contra ela decorrem”, informou a PGR em comunicado.

No sábado, e citando fonte próxima da empresária, o Expresso noticiou que Isabel dos Santos estaria a negociar com Luanda o levantamento do arresto dos seus bens, mediante o pagamento das dívidas contraídas junto da Sonangol e da Sodiam.

Os contactos entre os seus advogados e a PGR angolana eram descritos como parte de uma mudança de estratégia recomendada por um prestigiado jurista inglês e incentivada por José Eduardo dos Santos. O antigo Presidente angolano, pai de Isabel dos Santos, teria recomendado à filha menor exposição mediática e maiores esforços para proteger os seus activos.

O jornal citava ainda o procurador-geral angolano, Hélder Pitta Gróz, que teria considerado que os supostos contactos em curso seriam, para já, “um sinal ténue” por parte da empresária. Contudo, o comunicado emitido este domingo indica que “não há qualquer posicionamento, manifestação ou acto da Procuradoria-Geral da República a respeito de qualquer iniciativa de negociação com a cidadã Isabel dos Santos”.

“Enquanto autoridade responsável pela instrução preparatória dos processos-crime e fiscal da legalidade, continua a exercer o seu papel nos processos em curso contra a referida cidadã”, conclui a PGR angolana.

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