Na Tailândia, os supermercados deixaram de dar sacos plásticos

O Governo tailandês comprometeu-se a proibir completamente o uso de sacos descartáveis até 2022.

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REUTERS/Soe Zeya

As redes de supermercados tailandesas pararam de distribuir sacos plásticos gratuitamente desde quarta-feira, uma medida qualificada pelos ambientalistas como uma solução temporária diante da “crise do plástico” no país.

Cada tailandês usa, por dia, pelo menos oito embalagens plásticas descartáveis, desde o saco do supermercado, o copo de café, até às embalagens de comida para viagem, que acabam em esgotos e aterros sanitários. O uso intensivo de plástico faz deste país do Sudeste Asiático o sexto maior poluidor dos oceanos.

No Verão passado, a morte de um dugongo bebé — um animal marinho ameaçado de extinção — inundou os meios de comunicação. Dezenas de marcas, incluindo as lojas de conveniência 7-Eleven e os principais gestores de centros comerciais como o Central Group e o Mall Group, abriram a década com o compromisso de parar de fornecer sacos plásticos gratuitos aos clientes. Em vez disso, estes comércios estão a oferecer sacos de pano reutilizáveis por alguns centavos.

Para a organização do Greenpeace, este é um bom começo, mas não resolve a questão da gestão dos resíduos. “Proibir sacos plásticos não é suficiente para resolver a crise do plástico no país”, declarou Pichmol Rugrod, da Greenpeace Tailândia. "O que é necessário é por um fim à cultura dos descartáveis", disse a responsável à agência de notícias AFP.

Em Portugal, os sacos plásticos custam dez cêntimos desde Fevereiro de 2015. O Governo tailandês comprometeu-se a proibir completamente o uso de sacos descartáveis até 2022. 

Os canais de televisão tailandeses começaram a “censurar” os sacos plásticos nos ecrãs, desfocando as imagens destes produtos, como acontece com imagens de nudez, cigarros, álcool ou cenas violentas.

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