Proibir os sacos de plástico ultraleves? Sim, dizem os portugueses

Estudo da Marktest mostra que 91% dos portugueses concordam com a proibição dos saquinhos de plástico nas superfícies comerciais. As conclusões referem ainda que os portugueses estão a reciclar mais — ou, pelo menos, tencionam começar a fazê-lo.

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Madison Inouye/Pexels

O que acham os portugueses da proibição dos sacos de plástico ultraleves? A larga maioria concorda — mais concretamente 91%, num universo de 850 inquiridos. A resposta também é positiva entre aqueles que não têm o hábito de reciclar.

As conclusões são de um estudo promovido pela entidade gestora de resíduos Novo Verde, levado a cabo pela Marktest, que refere que a grande maioria dos portugueses, independentemente do género, geração ou classe social, acredita que os saquinhos utilizados para colocar fruta e vegetais devem desaparecer.

Em Portugal, os plásticos de uso único deverão desaparecer das prateleiras dos supermercados até ao segundo semestre de 2020. Falamos de pratos, talheres, palhinhas, palhetas para o café, copos ou cotonetes — e também dos sacos ultraleves. O projecto de lei, apresentado pelo Partido Ecologista Os Verdes (PEV), foi aprovado em Abril deste ano e prevê a proibição dos sacos e das cuvetes de esferovite nos estabelecimentos comerciais. E os portugueses parecem estar de acordo.

Os inquiridos mostraram também uma elevada intenção de devolver embalagens de bebidas não reutilizáveis: no geral, há disponibilidade para as devolver por dois cêntimos por embalagem; mas o cenário muda quando se fala de indivíduos “com uma consciência ambiental mais fraca”, que só se manifestam disponíveis para devolver garrafas se o valor for de seis cêntimos.

Relativamente à reciclagem, os números são também animadores. Em comparação com os resultados de um inquérito realizado em Janeiro deste ano, pela mesma empresa, a percentagem de inquiridos que diz fazer separação do lixo aumentou de 84% para 89%. O mesmo acontece quando se fala de intenções de começar a separar resíduos: 64% dos inquiridos demonstrou essa vontade — mais 5% comparativamente aos números do início do ano.

Segmentando gerações, são os baby boomers (com mais de 58 anos) que mais separam o lixo. Segue-se a geração X (37-57 anos), depois a geração Y (22-36) e, por último, a geração Z. Mas são estes últimos os que estão, no geral, mais satisfeitos “com vários atributos ligados ao processo de reciclagem, como a distância entre a residência e o ecoponto, a frequência na recolha ou limpeza dos mesmos”, lê-se nas conclusões do estudo. E tu, dás-te bem com o ecoponto?

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