Um Orçamento, três calendários

Um “Orçamento da poncha” teria certamente o mesmo resultado do “Orçamento do queijo limiano” e seria o fim pré-anunciado não só da “geringonça” como da própria legislatura.

Para falar do Orçamento do Estado para 2020 convém começar pelas eleições legislativas de 2019. No passado dia 6 de outubro os portugueses foram às urnas e mais de sessenta por cento dos votos expressos foram em partidos de esquerda — a votação mais à esquerda da história da democracia portuguesa. PS, BE, PCP, PEV e LIVRE têm na Assembleia da República 140 de 230 deputados, no que constitui um mandato de reforço político à chamada “geringonça”. Ao mesmo tempo, o PS ganhou as eleições destacadamente e António Costa — e o seu ministro das finanças, Mário Centeno — viram validadas a estratégia política e orçamental que seguiram na legislatura anterior.

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Para falar do Orçamento do Estado para 2020 convém começar pelas eleições legislativas de 2019. No passado dia 6 de outubro os portugueses foram às urnas e mais de sessenta por cento dos votos expressos foram em partidos de esquerda — a votação mais à esquerda da história da democracia portuguesa. PS, BE, PCP, PEV e LIVRE têm na Assembleia da República 140 de 230 deputados, no que constitui um mandato de reforço político à chamada “geringonça”. Ao mesmo tempo, o PS ganhou as eleições destacadamente e António Costa — e o seu ministro das finanças, Mário Centeno — viram validadas a estratégia política e orçamental que seguiram na legislatura anterior.