A vida depois de ser deputado. Frustrações, regressos ou um vazio

Um mês depois do arranque da XIV legislatura, onde andam algumas das caras que durante os últimos anos percorreram os corredores de São Bento? Por opção ou porque não conseguiram o número de votos necessários à sua eleição, nomes como Leitão Amaro, Heloísa Apolónia e Nuno Magalhães não fazem parte do novo hemiciclo. O PÚBLICO falou com alguns ex-deputados para saber o que têm feito e se equacionam voltar. E se alguns não escondem o desejo de regressar, outros não querem nem ouvir falar da campainha de São Bento.

,Partido Ecologista "Os Verdes"
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LUSA/ANTÓNIO COTRIM
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Margarida Basto
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Rui Gaudencio
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Nuno Ferreira Santos
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Miguel Manso
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Nuno Ferreira Santos
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Há precisamente 39 anos, Heitor de Sousa, então com 27 anos, entrava pela primeira vez nas oficinas de eléctricos da Carris em Santo Amaro, Lisboa, para trabalhar como ajudante de pintor. Hoje, com 66 anos e depois de ter sido deputado em duas legislaturas da Assembleia da República, Heitor de Sousa está de novo na Carris, desta vez como chefe de departamento no planeamento operacional. No regresso à empresa onde esteve a maior parte da vida, o ex-deputado bloquista lamenta que não tenha sido feito mais pelos transportes públicos e confessa que esperava ter feito mais a diferença. Depois do Parlamento, fala em “frustração” por perceber que algumas das coisas pelas quais lutou “estão longe de poder ser concretizadas”. Se entre São Bento e Santo Amaro a distância é inferior a cinco quilómetros e encurtada com o eléctrico 25, na prática, as medidas propostas e aprovadas na Assembleia da República [AR] — algumas das quais defendidas por si — estão longe de ter respondido aos problemas que levou quando foi eleito em 2009.

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