Trezes: 13 contos, 13 telefilmes e 13 realizadores na RTP no fim de 2020

Uma nova série de telefilmes adapta autores que vão de Alexandre Herculano a Rui Zink, passando por Lídia Jorge, Fernando Pessoa, José Cardoso Pires pelas mãos de nomes como António da Cunha Telles e António-Pedro Vasconcelos.

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"A Morte do Super-Homem", de Rui Zink, realizado por João Teixeira DR
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"O Rapaz do Tambor", de Fernando Namora, realizado por Filipe Henriques DR
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"O Tesouro", de Eça de Queirós, por Carlos Coelho da Silva dr

A partir de contos de autores que vão de Alexandre Herculano a Rui Zink e de Eça de Queirós a Lídia Jorge, a RTP1 vai voltar aos telefilmes na rentrée de 2020. Cada um dos 13 episódios de Trezes, que já tinha sido anunciada em Fevereiro e foi apresentada esta quarta-feira em Oeiras, terá atrás das câmaras um realizador diferente, com nomes como António-Pedro Vasconcelos ou António da Cunha Telles envolvidos. A produção está a cargo da Marginalfilmes de José Carlos de Oliveira. Neste momento, já estão dois filmes acabados, A Morte do Super-Homem, de Rui Zink, realizado por João Teixeira, e O Tesouro, de Eça de Queirós, por Carlos Coelho da Silva, e há um terceiro quase finalizado. José Fragoso, director de programas da RTP1, estima que cheguem aos ecrãs no final do próximo ano.

Os outros contos são A Abóbada, de Alexandre Herculano, filmado por Cláudia Clemente, O Sítio da Mulher Morta, de Manuel Teixeira-Gomes, pelo próprio José Carlos de Oliveira, Um Jantar Muito Original, de Alexander Search, pré-heterónimo de Fernando Pessoa, por Leandro Ferreira, Fronteira, de Miguel Torga, por João Cayatte, O Ódio das Vilas, de Manuel da Fonseca, por António da Cunha Telles, O Rapaz do Tambor, de Fernando Namora, por Filipe Henriques, o conto popular A Pereira da Tia Miséria, por Marie Brand, O Lavagante, de José Cardoso Pires, por António-Pedro Vasconcelos, Uma Vida Toda Empatada, de Mário de Carvalho, por Tiago de Carvalho, Miss Beijo, de Lídia Jorge, por Nuno Rocha, As Cinzas da Mãe, de Cristina Norton, por José Farinha. No elenco das várias produções estão nomes como João Jesus, Sara Norte, Almeno Gonçalves, Rui Luís Brás, José Condessa ou Carla Salgueiro.

Os textos foram seleccionados por José Carlos de Oliveira tendo em conta os constrangimentos de orçamento e dos dez dias de rodagem de cada telefilme e aquilo que poderia ser filmado, explicou o próprio ao PÚBLICO após a apresentação. Os argumentos foram escritos por nomes como Patrícia Müller, Pedro Marta Santos ou Miguel Simal. A ideia, segundo o produtor, era fomentar a ligação entre literatura e cinema, misturar realizadores consolidados e pessoas ainda dar os primeiros passos, com enfoque nesses nomes novos, e pô-los a filmar sem perder de vista a vocação “formativa” dos filmes.

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