Berlim: as 12 estrelas sobre o muro

Na passagem de ano de 1989, era mesmo um mundo novo que se comemorava em Berlim, a cidade dividida que comemorava o regresso à Europa, de onde a Guerra Fria a tinha apartado.

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Fabrizio Bensch/REUTERS
  • Este texto do jornalista José Queirós foi publicado originalmente numa edição zero do PÚBLICO, 2 de Janeiro de 1990

A poucos minutos do início de 1990, um grupo de jovens içou a bandeira das Comunidades Europeias [então com 12 países] no mastro da Porta de Brandeburgo, em território leste-alemão. Esvoaçando sobre a quadriga de bronze que encima o mais conhecido monumento de Berlim, as doze estrelas sobre fundo azul esconderam por momentos o martelo e o com­passo da bandeira da RDA [República Democrática da Alemanha], despertando o aplauso entusiástico das centenas de milhares de outros jovens que ali tinham afluído — vindos do Leste e do Oeste — para celebrarem, com o Ano Novo, a liberdade de atravessar uma das fronteiras mais absurdas e mortíferas do mundo.

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