Portugal condena ataques terroristas no Mali

Militares portugueses formam as Forças Armadas daquele país africano que, desde 2012, é assolado pela violência de grupos jhiadistas.

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Soldado das Forças Armadas do Mali durante uma operação em Junho Reuters/BENOIT TESSIER

O Governo português condenou esta terça-feira os atentados da semana passada contra as forças armadas do Mali, que causaram pelo menos 54 mortos, reiterando o seu “empenho no combate ao terrorismo e ao extremismo”.

“O Governo português condena veementemente o atentado realizado contra as forças armadas malianas, no passado dia 1 de Novembro”, adiantou o Ministério dos Negócios Estrangeiros em comunicado.

O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) reivindicou o ataque de sexta-feira a uma base militar no norte do Mali que provocou a morte a 54 pessoas, incluindo 53 soldados e um civil. Este atentado surge uma semana depois da morte do chefe do EI, Abu Bakr Al-Baghdadi, morto durante um ataque militar norte-americano na Síria.

No mesmo comunicado, Portugal “condena igualmente” o ataque levado a cabo a 2 de Novembro contra uma coluna de veículos das forças da Operação Barkhane, que provocou a morte a um militar francês. Expressou também “profundas condolências” às famílias das vítimas, adiantando que estas “se somam às várias centenas de mortos nos últimos anos em consequência do aumento a violência terrorista na região do Sahel”.

“O Governo português manifesta a sua total solidariedade com os governos do Mali e da França, e reitera o seu empenho, designadamente no quadro multilateral, no combate ao terrorismo e ao extremismo”, concluiu a nota do Ministério dos Negócios Estrangeiros. 

O Mali é alvo de ataques terroristas desde 2012, na sequência de um golpe de Estado que deixou o controlo do norte do país nas mãos de grupos rebeldes tuaregues, apoiados por células terroristas.

Pelo menos quarenta soldados foram mortos em dois ataques “jihadistas” em 30 de Setembro, em Boulkessy, e 1 de Outubro, em Mondoro, no sul do país, perto de Burkina Faso, de acordo com as autoridades locais.

Em 2013, a ação dos “jihadistas” foi limitada por uma intervenção militar internacional liderada pela França, mas grandes áreas do Mali, especialmente no norte e no centro, escapam ao controlo do Estado, beneficiando grupos terroristas. Recorda-se que Portugal tem militares no Mali para formar as Forças Armadas daquele país.

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