Resistir com os amigos literários

Ninguém lê nunca o mesmo livro nem passa duas vezes pelo mesmo livro. Alberto Manguel, 71 anos, uma vida a ler, apresenta os seus heróis imaginários. É um livro tão íntimo quanto político.

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Daniel Rocha

Se tivesse que escolher uma personagem ficcional que o definisse, Alberto Manguel decidia-se pelo Capuchinho Vermelho. Imaginada no final do século XVII pelo francês Charles Perrault, foi, conta, o “primeiro amor” de Charles Dickens e é “um símbolo da liberdade do indivíduo”, escreve o pensador e ensaísta argentino -  que se define a si mesmo como leitor - no seu mais recente livro Monstros Fabulosos, Drácula, Alice, Super-Homem e Outros Amigos Literários, conjunto 38 ensaios sobre 38 personagens da literatura. Além dos nomes contidos no título, nele encontramos Monsieur Bovary, Fausto, Gertrudes, Phoebe, Queequeg, Quasimodo, o avô de Heidi ou o Mandarim, de Eça de Queirós. Manguel chama-lhes os seus “amigos imaginários” e no conjunto ajudam a entender a multiplicidade de características que formam o ser humano e, de modo mais abrangente, o papel da imaginação na longevidade da espécie.

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