Austeridade no CDS: partido encerra sedes e avança com rescisões

Há estruturas locais que também ponderam fechar instalações que são arrendadas, escreve o Jornal Económico.

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Sede nacional do CDS Pedro Fazeres

O CDS-PP está em dificuldades financeiras e, por isso, pondera avançar com o encerramento de algumas das sedes que não são propriedade do partido, assim como com o despedimento de funcionários, avança o Jornal Económico na sua edição desta sexta-feira. Citando um responsável centrista, o jornal revela que as dívidas do CDS rondam “os dois milhões de euros”. Os maus resultados eleitorais, que terão implicações negativas no valor da subvenção estatal, vão implicar medidas de austeridade para controlar despesas. Dirigentes falam em “ajuste dos custos à nova realidade”.

“O resultado eleitoral que tivemos obriga a uma redução de gastos e o CDS-PP não se pode endividar mais. É de bom senso que sejam feitas mudanças”, disse João Gonçalves Pereira, líder da distrital de Lisboa, ao Jornal Económico. Fernando Barbosa, que preside ao CDS-Porto, acrescentou a informação de que o partido encerrou as sedes de Matosinhos e Valongo, optando por reuniões em auditórios, juntas de freguesia ou salas de hotéis alugadas.

De acordo com a notícia intitulada “Contas no vermelho obrigam CDS a cortar gastos e efectivos”, já terá havido rescisões com trabalhadores da sede nacional do CDS-PP e no gabinete de apoio ao grupo parlamentar na Assembleia da República e poderá haver cortes salariais. Entre os funcionários que estarão de saída encontram-se assessores, secretárias e até um motorista. Recorde-se que o partido perdeu 13 deputados nas últimas legislativas, passando de 18 para cinco, e que encerrou as últimas contas com um passivo de 1.070.433,84 euros.

Já esta semana, a Sábado havia noticiado que o Patriarcado de Lisboa dava uma “borla” ao CDS ao alugar-lhe dezenas de divisões no palácio Caldas por apenas 997,6 euros de renda. “O CDS paga estas rendas à Câmara de Lisboa, depois de a autarquia ter tomado a posse administrativa do edifício por recusa do Patriarcado em fazer obras de manutenção”, revelou a revista.

Nesta sexta-feira de manhã, o grupo parlamentar do CDS reúne-se para eleger a nova direcção da bancada, uma vez que o anterior líder, Nuno Magalhães, não foi eleito no distrito em que concorreu: Setúbal. Cecília Meireles é a candidata ao cargo.

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