Andy Murray voltou aos títulos e às lágrimas

O antigo número um mundial não ganhava um torneio desde Março de 2017.

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Andy Murray não foi capaz de conter as lágrimas LUSA/JULIEN WARNAND

Em Janeiro, Andy Murray comunicou, com a voz embargada, que o Open da Austrália que ia disputar podia ser o último da sua carreira. Dias depois, submeteu-se a uma segunda cirurgia à anca direita, mas que acabou por dar-lhe mais hipóteses de regressar ao ténis profissional. Um dos primeiros votos de melhoras que recebeu – juntamente com um Teddy Bear de 1,80m – veio assinado pelos então namorados, Stan Wawrinka e Donna Vekic. Nessa altura, ninguém ousaria prever que, nove meses depois, Murray estaria a derrotar Wawrinka na final do European Open.

“[Este triunfo] Significa muito. Os últimos meses foram extremamente difíceis. Nos últimos dois anos, tanto eu como o Stan temos tido muitos problemas com lesões. É espantoso estar de novo a defrontá-lo numa final como esta. Não esperava de todo estar nesta situação, por isso, estou muito feliz”, reconheceu Murray, em lágrimas, depois de vencer, por 3-6, 6-4 e 6-4, e conquistar o 46.º título da carreira e primeiro desde Março de 2017.

O escocês de 32 anos voltou ao circuito profissional em Junho, apenas em pares, e, em Agosto, já competia em singulares. Gradualmente foi melhorando o nível de jogo e, esta semana, em Antuérpia, disputou cinco encontros consecutivos – o que não acontecia há mais de dois anos –, sendo os três derradeiros ganhos no set decisivo.

Quem também quebrou um jejum de dois anos foi o russo Andrey Rublev, que celebrou o 22.º aniversário com a conquista da Kremlin Cup. O título feminino foi para Belinda Bencic que, ao chegar à final da prova moscovita, assegurou a qualificação para as WTA Finals.

No Intrum Stokholm Open, outro tenista da NextGen, Denis Shapavalov, de 20 anos, conquistou o seu primeiro título, e tornou-se no primeiro canadiano a triunfar no ATP Tour desde Janeiro de 2016.

No Luxemburgo, Jelena Ostapenko venceu igualmente um torneio pela primeira vez desde 2017, ano em que conquistou Roland Garros.

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