Leyla McCalla sabe que ninguém lhe vai dizer “é suficiente”

The Capitalis Blues é o statement de uma cantora que se sente encurralada pelo sistema capitalista. A norte-americana canta as exigências crescentes dos nossos dias no Teatro da Trindade, Lisboa, a 15 de Outubro.

Foto
Sarah Danziger

Leyla McCalla não é uma cantora convencional. Sente-se mais confortável, por exemplo, a cantar com um instrumento nas mãos, como se quisesse reduzir a atenção que possa incidir sobre a sua voz. Pelo menos, tem sido assim desde que deixou o grupo Carolina Chocolate Drops e se lançou a solo com o álbum Vari-Colored Songs — a Tribute to Langston Hughes, celebratório das suas origens haitianas. Seguir-se-ia A Day for the Hunter, a Day for the Prey, disco em que explorava sobretudo as bases musicais que desenvolveu ao mudar-se de Nova Iorque para New Orleans e mergulhar profundamente numa cultura crioula — na qual se encontrou e à qual se entregou sem reservas. E a sua voz de balanço entre o jazz e a folk chegava-nos sempre embalada pelas notas que arrancava delicada- mente ao violoncelo, à guitarra ou ao banjo.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Comentar