Uma proposta nada singela de Rui Zink

Acaba de publicar Manual do Bom Fascista. Um guia irónico desde o título até ao conteúdo. Organizado sob a forma de compêndio, com revisões da matéria dada e secções práticas, é uma reflexão sobre algumas das questões mais perturbantes do nosso tempo, representado, metaforicamente, no conceito de fascista.

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daniel rocha

O que têm em comum Alberto Pimenta, José Vilhena, o ensino universitário, a banda desenhada e o programa A Noite da Má-Língua? A resposta óbvia é: Rui Zink. O próprio esclarece: “Os dois primeiros são meus mestres. São meus antepassados. (Quer dizer, o Alberto ainda está vivo!) Primeiro como leitor, depois como amigos, foram meus mestres. Junto com a Ana Hatherly, com a Yvette Centeno.” Mas como a ironia parece ser o sal deste escritor, que por acaso é professor universitário (ou será o contrário?), logo acrescenta: “E quem dá o que pode, a mais não é obrigado.” Recordando A Noite da Má-Língua e a sua passagem pela televisão, conta-nos. “Ainda hoje há muita gente que não gosta, mas é um dos poucos programas que ficaram. Ainda hoje há pessoas que me dizem ‘Ah, você não é...’ ‘Reconheci-o pela voz’.” O resumo de Zink é certeiro e cortante: “Isto não é normal em televisão. Mas a paga por ter sido competente em televisão foi desaparecer da televisão...” Falando de banda desenhada, que foi objecto de estudo académico, além de interesse de sempre, diz o autor: “deu-me imensa coisa. O Homem-Aranha, quando eu tinha 12 anos, deu-me um guia para a adolescência. Foi tão útil como o Dostoievski, com Os Irmãos Karamazov e o Crime e Castigo.

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