Com Silas, Sporting também volta às vitórias na Europa

Triunfo com reviravolta em Alvalade sobre os austríacos do LASK Linz, por 2-1. Luiz Phellype e Bruno Fernandes, cada um com um golo e uma assistência, foram decisivos.

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Bruno Fernandes, um golo e uma assistência no triunfo do Sporting sobre o LASK Linz LUSA/MANUEL DE ALMEIDA

O Sporting vai levar tempo a habituar-se a Silas. Isso é mais que certo. Enquanto isso não acontece, o melhor é ir ganhando. Já tinha acontecido há uns dias na Vila das Aves, voltou a acontecer nesta quinta-feira, em Alvalade. Os “leões” triunfaram por 2-1 sobre os austríacos do LASK Linz, na 2.ª jornada do Grupo D da Liga Europa, depois de terem perdido na ronda inaugural, há duas semanas, com o PSV Eindhoven. Para a época terrível que está a ter, duas vitórias consecutivas nos dois primeiros jogos com o terceiro treinador da época só pode ser animador para o Sporting e para os adeptos. As vitórias são sempre bem-vindas, mesmo que as exibições não sejam grande coisa.

Silas tentou algo de diferente para este jogo. Apostou em três centrais, um meio-campo numeroso e dois homens na frente, com uma estratégia que passava por sair sempre com a bola a partir de zonas mais recuadas. E não deixava de ser um risco fazê-lo com tão pouco tempo de trabalho, precisamente uma semana. O risco começou por não compensar porque o LASK Linz sabia bem o que fazer para assustar uma equipa que ainda duvida de si própria: pressão alta a forçar o erro. 

Depois de causar dois grandes sustos, teve o seu prémio merecido aos 16’. Mathieu vê-se com a bola nos pés e, pressionado por um adversário, faz um passe que não chega a Acuña. A bola vai ter a Marko Raguz, que ultrapassa Doumbia e atira a contar. Era um início desastroso para o Sporting, que iria levar muito tempo a mostrar alguma coisa no jogo. 

Até lá, só deu LASK Linz. Foi assim durante toda a primeira parte e durante os primeiros minutos da segunda. Os austríacos tiveram muitas bolas de golo durante este período, mas não tiveram pontaria suficiente. E Renan Ribeiro também ajudou.

Silas esperou pelo intervalo até mudar alguma coisa. Tirou Luís Neto, um dos centrais, e lançou Vietto, assumindo uma defesa a quatro com Miguel Luís a fazer as vezes de lateral direito. O Sporting melhorou ligeiramente, mas não ao ponto de fazer cócegas aos austríacos que, nos primeiros 11 minutos da segunda parte, tiveram mais três bolas de muito perigo. Depois, aos 56’, mais uma mudança, a entrada de Eduardo para o lugar de Wendel. 

Não terá sido por influência do brasileiro, mas, dois minutos depois, quase do nada, o Sporting chegou ao empate. Bruno Fernandes bateu o canto do lado direito e Luiz Phellype, de cabeça, fez o golo — foi o terceiro do brasileiro esta época, mais uma vez provando a sua grande utilidade, ele que é o único ponta-de-lança do plantel. No primeiro remate enquadrado com a baliza, um golo. Maior eficácia que isto, impossível. 

Alimentado pelo golo do empate depois de quase uma hora dominado pelo vice-campeão austríaco, o Sporting foi em busca do segundo e, cinco minutos depois, concretizou a reviravolta. Bola longa de Renan para o ataque, Phellype ganha um ressalto perto da grande área e faz o passe para Bruno Fernandes. O capitão avança para a área e faz o 2-1, naquele que foi o seu sétimo golo da época — quase metade dos golos marcados pelo Sporting nesta temporada (16) são dele.

Depois, foi defender e confiar na falta de pontaria dos avançados austríacos: aos 69’, o brasileiro João Klauss ficou sozinho perante Renan, mas o remate saiu fraco e à figura. Foi um sobressalto até ao último minuto, em que Luiz Phellype, num raro contra-ataque, podia ter feito o 3-1, mas Schlager defendeu. Não foi preciso. O Sporting garantia a sua segunda vitória da época em Alvalade e tornava-se na única equipa portuguesa a ganhar nesta ronda europeia. 

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