Festival Out.Fest começa esta quinta-feira em vários espaços do Barreiro

16.ª edição do festival prolonga-se até sábado e leva à cidade James Ferraro, Peter Evans, Deaf Kids ou Keith Fullerton Whitman.

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Gabriel Ferrandini ADRIANO MIRANDA

O Out.Fest — Festival Internacional de Música Exploratória do Barreiro regressa, entre esta quinta-feira e sábado, àquele concelho do distrito de Setúbal, com um cartaz que inclui os músicos e bandas James Ferraro, Peter Evans, Deaf Kids e Keith Fullerton Whitman.

Este ano, as actuações repartem-se pela Igreja Paroquial de Santo André, Igreja da Nossa Senhora do Rosário, Moinho de Maré Pequeno, ADAO, SIRB "Os Penicheiros”, Teatro Municipal, Biblioteca Municipal e espaço A4 e Largo do Mercado 1.º de Maio.

Do cartaz destaca-se uma colaboração entre o compositor e artista performativo norte-americano Keith Fulleron Whitman e André Gonçalves, Clothilde e Simão Simões. De acordo com a organização, os músicos estão reunidos num “processo de criação colectiva, em residência, com apresentação pública” no sábado.

O cartaz inclui também, entre outros, o colectivo afro-italiano STILL, liderado pelo músico e activista Simone Trabucchi, a harpista espanhola Angélica Salvi, um DJ set de Mo Probs, a estreia nacional do irlandês Davy Kehoe, o músico James Ferraro, o trompetista Peter Evans e Nadah El-Shazly, pioneira da música experimental no Egipto, Alpha Maid, Calhau!, os brasileiros Deaf Kids e o baterista português Gabriel Ferrandini com a Camerata Musical do Barreiro.

Com 25 a 30 concertos espalhados pela cidade do Barreiro, a 16.ª edição do festival marca “uma continuidade do modelo do ano anterior, de aproximar as músicas experimentais a um público não especializado”, disse à Lusa o director artístico do Out.Fest, Rui Pedro Dâmaso, em declarações feitas aquando do primeiro anúncio do cartaz.

Esta edição, que assinala os 15 anos do festival, reforça a combinação de vários géneros e expressões característicos da iniciativa, como jazz, hip hop, música clássica e electrónica, para celebrar e “dar a conhecer novos artistas da música experimental, e aprofundar o contacto entre o público especializado e os artistas deste estilo musical”, explicou o director.

É o caso do duo lisboeta Candura, surgido em 2018, e do seu primeiro trabalho /I, editado pela norte-americana GreySun Records, da cantora, compositora e improvisadora norte-americana Kali Malone, que explora novas abordagens musicais num instrumento ancestral como o órgão, e do duo Yeah You, composto por pai, Gustav Thomas, e filha, Elvin Brandhi, oriundos do Norte de Inglaterra, e a sua investigação do noise, como música de dança.

O Out.Fest — Festival Internacional de Música Exploratória do Barreiro “procura reflectir o que de mais significativo se faz atualmente na música experimental contemporânea, nas suas mais diversas ramificações — da música improvisada à eletrónica abstracta, do free-jazz ao noise, à música clássica contemporânea e às novas e inclassificáveis linguagens que todos os dias nascem e enriquecem um pouco mais o mundo”.

O festival é um projecto das associações culturais Out.Ra e Filho Único, com apoio do município. Os passes gerais custam 25 euros e os bilhetes diários entre 10 e 15 euros.

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