Os irmãos Barrett fazem história pelos All Blacks

A Nova Zelândia derrotou o Canadá por 63-0 num jogo marcado por um feito inédito: pela primeira vez três irmãos marcaram ensaios num jogo do Campeonato do Mundo de râguebi.

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Jordie, Scott e Beauden Barrett Reuters/PETER CZIBORRA

Mesmo sem colocar muita intensidade no jogo, a Nova Zelândia não teve qualquer problema para ultrapassar nesta quarta-feira o Canadá, em partida do Grupo B do Campeonato do Mundo de râguebi. Com nove ensaios, os All Blacks derrotaram os canadianos, por 63-0, num confronto onde os Barrett fizeram história: pela primeira vez três irmãos (Jordie, Beauden e Scott) marcaram ensaios no mesmo jogo de um Mundial. Os Estados Unidos ofereceram uma excelente resistência à França durante uma hora, mas nos últimos minutos os franceses resolveram o problema com três ensaios, garantindo uma vitória, por 33-9.

Depois de se estrear no Mundial com um triunfo contra a África do Sul, um dos principais obstáculos dos All Blacks à revalidação do título, o segundo adversário da Nova Zelândia no Japão era, em teoria, um dos mais frágeis da competição e, sem surpresa, o jogo teve pouca história.

Com três ensaios nos primeiros 16 minutos (Jordie Barrett, Sonny Bill Williams e um ensaio penalidade), os All Blacks pareciam lançados para uma exibição de qualidade, mas os minutos restantes da primeira parte mostraram uma equipa neozelandesa displicente, com muitos erros não forçados, e o quarto ensaio chegou apenas perto do intervalo: Beauden Barrett (35').

A pausa serviu para o técnico Steve Hansen corrigir as falhas da segunda metade do primeiro tempo e os All Blacks voltaram a um bom nível, e em apenas dez minutos os canadianos sofreram mais quatro ensaios: Rieko Ioane (40'), Scott Barrett (44'), Shannon Frizell (46') e Brad Weber (49').

Com o Canadá em quebra, o duelo tornou-se de sentido único e até final a história resumiu-se à contagem dos ensaios neozelandeses, ao agravar do fosso entre as duas equipas (63-0), e à confirmação da segunda vitória All Black na prova, num jogo que ficará na história pelo feito inédito dos irmãos Barrett.

Bem diferente foi o segundo jogo da França no Mundial 2019. No competitivo Grupo C, os franceses deram mais um passo para garantirem um lugar nos quartos-de-final, mas sentiram muitas dificuldades contra os Estados Unidos.

Após a importante vitória sobre a Argentina, “les bleus” tiveram pela frente uma selecção norte-americana que tem evoluído muito nos últimos anos e a diferença final de 24 pontos não reflecte o equilíbrio entre os dois “XV”.

A equipa comandada pelo técnico Jacques Brunel até começou bem e com dois bons ensaios - Yoann Huget e Alivereti Raka – vencia aos 23 minutos por 12-3, mas os “Eagles” não se deixaram afectar e ao intervalo perdiam por apenas seis pontos (12-6).

O início da segunda parte voltou a ser pautado pelo equilibro e a terceira penalidade convertida por AJ MacGinty no jogo colocou o marcador em 12-9. Porém, como tantas vezes acontece no râguebi, os últimos 15 minutos marcaram a diferença de nível entre as duas selecções.

Com três ensaios numa dúzia de minutos -  Gael Fickou (66'), Baptiste Serin (69') e Jefferson Poirot (78') -, a França garantiu a vitória e o ponto de bónus e ficará agora numa posição confortável para assistir no próximo sábado ao frente a frente entre os outros dois candidatos ao “top 2” do Grupo C: Inglaterra e Argentina.

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