Primeiro jogo, primeira prova de força dos All Blacks no Japão

Num jogo entre candidatos à vitória no Mundial de râguebi, a Nova Zelândia venceu a África do Sul. A França derrotou Argentina, enquanto a Austrália bateu Fiji.

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Reuters/ANNEGRET HILSE

Ao primeiro jogo, a primeira prova de força. A Nova Zelândia iniciou a defesa do título de campeã do Mundo de râguebi com uma vitória frente à África do Sul. Em Yokohama, no Japão, os All Blacks venceram os Springboks, por 23-13, e mantêm-se como a única selecção imbatível em fases de grupos de Campeonatos do Mundo. Nos outros jogos do segundo dia do Mundial 2019, a França conseguiu vencer a Argentina e deixou os Pumas em posição difícil. Fiji surpreendeu a Austrália na primeira parte, mas os Wallabies deram a volta na parte final.

Depois de no jogo de abertura o Japão ter confirmado o favoritismo contra a Rússia (35-10), numa partida onde o ponta Kotaro Matsushima foi o primeiro jogador a destacar-se na prova ao conseguir um hat-trick, o segundo dia começou com um duelo da Oceânia.

Em Sapporo, sem surpresa, a Austrália teve o controlo (72% de posse de bola), mas a irreverência fijiana ainda causou problemas aos Wallabies. Aos cinco minutos da segunda parte, Fiji vencia por 21-12, mas como tantas vezes acontece no râguebi, a diferença de qualidade entre duas equipas veio ao de cima na parte final.

Com quatro ensaios nos últimos 25 minutos, a Austrália deu a volta ao resultado e conseguiu terminar a partida com um triunfo (39-21), alcançando o importante ponto de bónus ofensivo (seis ensaios marcados e dois sofridos). Estreantes num Mundial, o ponta dos Melbourne Rebels, Reece Hodge, e o talonador dos Waratahs, Tolu Latu, terminaram o jogo com dois ensaios cada.

No cartaz do segundo dia do Mundial 2019, seguia-se o primeiro grande duelo da competição e houve a primeira meia surpresa. Numa réplica do que tem acontecido nas últimas edições, a França chegou a um Mundial desacreditada e em crise, mas num momento decisivo o “XV de France”, que nunca foi eliminado na fase de grupos, voltou a superar-se.

Perante uma Argentina que nos últimos anos tem oscilado entre o muito bom e o mau, a equipa de Jacques Brunel entrou muito bem e conseguiu construir uma sólida vantagem de 20-3 ao intervalo.

Após 40 minutos onde foram surpreendidos pelo estilo de jogo francês, os Pumas tinham pela frente uma tarefa quase impossível, mas estiveram perto de conseguir a maior recuperação num Mundial. Com dois ensaios e duas penalidades em 28 minutos, a Argentina conseguiu dar a volta à França (21-20), mas poucos segundos depois um pontapé de ressalto do abertura Camille Lopez colocou novamente “les bleus” na frente (23-21).

Com uma dezena de minutos para jogar, o jogo ficou partido. Romain Ntamack teve nos pés a oportunidade de dar cinco pontos de vantagem à França, mas o jovem abertura (20 anos) tremeu e manteve tudo em aberto. E o erro podia ter custado caro aos franceses: em cima do minuto 80, Emiliano Boffelli tentou a 45 metros dos postes converter uma penalidade, mas o remate não teve sucesso.

A derrota pode ser o princípio do fim da Argentina neste Mundial. Semifinalistas em 2007 e 2015, os Pumas terão agora que vencer a Inglaterra, a selecção teoricamente mais forte do Grupo C, para conseguirem o apuramento para os quartos-de-final.

O segundo dia de prova terminou com um frente a frente entre velhos rivais e os dois grandes candidatos, a par da Inglaterra, a conquistar o Mundial 2019. Naquele que pode ser o primeiro de dois confrontos entre All Blacks e Springboks no International Stadium Yokohama – será também o palco da final a 2 de Novembro -, a Nova Zelândia deu a primeira prova de força no Japão.

Logo no início da partida, o abertura do Montpellier Handrè Pollard ainda colocou a África do Sul a ganhar (3-0), mas os All Blacks continuam a ser a única selecção com um registo perfeito na fase de grupos de Campeonatos do Mundo – 29 jogos, 29 vitórias – não demoraram em assumir a liderança.

Com dois ensaios em três minutos - George Bridge (23') e Scott Barrett (26') -, os neozelandeses passaram para a frente e antes do intervalo Richie Mo'unga colocou a diferença em 14 pontos (17-3).

Com apenas três pontos marcados – o pior registo sul-africano numa primeira parte eram seis pontos contra a Inglaterra em 2003 -, a África do Sul ainda reentrou na discussão do resultado com um ensaio do segunda-linha Pieter-Steph Du Toit (17-13), mas com duas penalidades a Nova Zelândia segurou de vez a estreia vitoriosa no Mundial 2019: 23-13.

Neste domingo, a competição prossegue no Japão com a realização de mais três partidas da fase de grupos: Itália-Namíbia (6h15), Irlanda-Escócia (8h45) e Inglaterra-Tonga (11h15).

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