Quando a música é (quase) só música
Um excelente concerto da Orquestra XXI, formada inteiramente por músicos portugueses a trabalhar no estrangeiro, com um concerto para violoncelo de Schostakovich tocado de forma sublime por Pavel Gomziakov. Mas o belo não tem nada a ver com sentimento, nós é que temos.
Um crítico famoso do século XIX, Eduard Hanslick, dizia que não devíamos deixar-nos levar por “emoções patológicas” mas antes defender a “contemplação pura e consciente de uma obra musical”. Estava em causa uma forma de pensar a música, e também uma forma de a escutar. Era preciso, dizia ele, reconhecer na obra de arte “a sublime indiferença do belo” e seguir um concerto como um “meditar da fantasia” e nunca como um puro inebriamento.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.