Início do julgamento do processo e-Toupeira adiado sem data marcada

O início do julgamento estava previsto para 25 de Setembro.

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O antigo assessor jurídico do Benfica, Paulo Gonçalves (à direita na imagem) é um dos arguidos do processo "e-Toupeira" MANUEL DE ALMEIDA (arquivo)

O Tribunal Central Criminal de Lisboa adiou, sem data marcada, o início do julgamento do processo conhecido por e-Toupeira, que estava previsto começar em 25 de Setembro.

Em despacho do tribunal, a que a Agência Lusa hoje teve acesso, é explicado que o adiamento se deve à espera da decisão do Tribunal da Relação de Lisboa sobre os recursos pendentes interpostos, nomeadamente pelo Ministério Público, que pede que a SAD do Benfica seja pronunciada. Só após ser conhecida a decisão da Relação serão marcadas novas datas, refere ainda o despacho de adiamento.

Neste processo, são arguidos o antigo assessor jurídico do Benfica Paulo Gonçalves, acusado de crimes de corrupção activa e violação de segredo de justiça, e o funcionário judicial José Silva, acusado de crimes de corrupção passiva e peculato.

Em Dezembro passado, o Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC) decidiu não levar a julgamento a SAD do Benfica por nenhum dos 30 crimes pelos quais foi acusada pelo Ministério Público (MP), assim como o funcionário judicial Júlio Loureiro.

O processo seguiu para julgamento com os outros dois arguidos, só que o procurador do MP Valter Alves interpôs recurso da decisão de não pronúncia da SAD do Benfica e do funcionário judicial Júlio Loureiro.

A acusação do MP imputava à SAD do Benfica um crime de corrupção activa, um crime de oferta ou recebimento indevido de vantagem e 28 crimes de falsidade informática. Todavia, a juíza Ana Peres, do TCIC, entendeu não levar a julgamento a SAD “encarnada” — o que permite ao Benfica escapar a eventuais sanções desportivas.

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