O significado de “superior” junto à palavra “cultura”

Não sou multiculturalista no sentido de achar que é tudo igual. Sou multiculturalista no sentido de achar que o contacto com o outro é, por regra, enriquecedor.

Este é um texto intimista, mas que se torna necessário escrever para esclarecer qual é, para mim, o verdadeiro significado do adjectivo “superior” quando colocado junto à palavra “cultura”. Não o utilizo num sentido competitivo (tipo: Lewis Hamilton superiorizou-se a Max Verstappen no Grande Prémio da Hungria), mas num sentido humanista e até religioso – as culturas a que chamo superiores, precisamente por estarem convencidas dos seus méritos e terem uma ambição universal, devem ser sempre culturas de acolhimento, e nunca de exclusão. O grande desafio das sociedades em que vivemos reside aqui: ser ao mesmo tempo intransigente na defesa dos melhores valores (o que implica tê-los, reconhecê-los e cultivá-los), e acolhedor de todos os que estiverem dispostos a partilhá-los, independentemente da cor da pele, das preferências sexuais ou da religião.

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