STCP passa paragens da Rua Formosa para Fernandes Tomás

A construção do túnel do Mercado do Bolhão condiciona o trânsito e altera trajectos nas linhas da Rua Formosa a partir desta terça-feira e durante pelo menos um ano.

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Vista aérea das obras do Mercado do Bolhão Nelson Garrido

Os percursos das linhas da STCP (Sociedade de Transportes Colectivos do Porto) que circulam na Rua Formosa, no Porto, entre Sá da Bandeira e Alexandre Braga, vão ser alterados a partir de hoje, devido à empreitada do Túnel do Bolhão, que começa também nesta terça-feira.

Durante um ano, aproximadamente, a circulação das linhas 301, 305, 401, 700, 800, 801, 7M, 8M e V94, no sentido de saída do centro do Porto para a periferia, passará a ser feita pela Rua de Fernandes Tomás — na paragem de Santa Catarina e na paragem de D. João IV. A rua, na qual os clientes da empresa poderão encontrar as novas paragens provisórias, passa a ter trânsito nos dois sentidos.

Segundo se pode ler no comunicado da STCP, “as paragens já existentes na Rua de Sá da Bandeira, na Rua da Firmeza e, no caso das linhas 7M e 8M, no início da Rua Formosa, também podem ser alternativas cómodas, em função dos percursos a pé de cada um na Baixa”.

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Subir a Rua de Fernandes Tomás será permitido apenas aos autocarros, entre as ruas de D. João IV e Sá da Bandeira, sendo o acesso aos parques de estacionamento autorizado a partir da Rua da Alegria. No entanto, a proibição pedonal não deverá ultrapassar os cinco meses.

Apesar de a obra em si avançar nesta terça-feira, os impactos da mesma começaram no passado dia 13 de Agosto, quando foram introduzidas as primeiras alterações ao trânsito, como mudanças de sentidos de circulação em algumas ruas envolventes. A primeira fase das alterações consistiu na inversão do sentido nas ruas da Firmeza, de Anselmo Braancamp e do Moreira. Assim, a Rua da Firmeza passa a dar entrada na Baixa, adoptando o sentido Nascente-Poente; na Rua de Anselmo Braancamp, o trânsito passou a ser feito no sentido ascendente (Sul-Norte); e na Rua do Moreira, o trânsito segue agora no sentido Poente-Nascente.

Segundo se pode ler no portal da autarquia, “estas alterações e os constrangimentos associados visam garantir segurança e mobilidade no âmbito da obra global de restauro do Mercado do Bolhão, que a cidade do Porto aguardava há décadas e que está finalmente em curso, num processo que reuniu o raro consenso de todas as forças políticas da cidade”. O objectivo da nova infra-estrutura é tornar mais ágil o acesso ao piso subterrâneo do mercado.

Obras na marginal Atlântica

O município anunciou que começam também esta terça-feira as obras nas avenidas do Brasil e de Montevideu, em frente ao mar, cuja finalidade é o melhoramento da faixa de rodagem e do passeio poente através da recuperação do estado dos pavimentos e da implementação de um novo esquema de mobilidade local.

Uma das alterações é a integração, ao nível da faixa de rodagem, de uma ciclovia bidireccional, que antes se encontrava no passeio marítimos em zona de partilha com os peões. Este será um canal dedicado aos ciclistas que a autarquia pretende que deixe de ter apenas um carácter lúdico, explica no seu site.

Quanto ao trânsito pedonal, serão criadas novas passadeiras, acompanhadas de semáforos, com um tempo único de verde para as travessias de pessoas. Serão eliminadas as situações de conflito em que o verde para os peões convive com o verde para o automóvel, medida que tem vindo a ser implementada em intercepções com semáforos noutras zonas da cidade.

Também as passadeiras serão rebaixadas e equipadas com pisos tácteis, facilitando a passagem a pessoas com deficiências visuais. A largura das vias rodoviárias destas artérias também será encurtada, embora se mantenha a capacidade de escoamento, com uma redução da velocidade. Os lugares de estacionamento  no lado nascente mantêm-se.

A obra representa, segundo se lê no portal da autarquia, um investimento de 400 mil euros, e tem um prazo de 45 dias para a realização dos trabalhos, distribuídos por quatro fases de construção.

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