Governo endurece discurso para quebrar sindicatos com olhos postos no pior cenário

A requisição civil preventiva é uma ameaça latente para pressionar grevistas em dia de plenário decisivo. António Costa marca reunião de gabinete de crise. Semana de viragem de quinzena, de chegada de emigrantes e de peregrinação a Fátima preocupam.

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Vieira da Silva e Matos Fernandes têm sido a cara do endurecimento do discurso do Governo LUSA/RODRIGO ANTUNES

A estratégia do Governo foi desenhada para ser uma escalada na pressão sobre a greve que ameaça parar o país, endurecendo o discurso e as medidas e apostando num esvaziamento da paralisação ou na sua desmarcação. Se esta estratégia é vencedora só se saberá neste sábado, depois do plenário dos motoristas em Aveiras, no concelho de Azambuja, mas está pelo menos a não perder no campo político, sem grandes críticas dos partidos da oposição e dos parceiros. A utilização de todos os instrumentos ao seu alcance para controlar os efeitos da greve acaba por ter duplo efeito: pressiona os grevistas e prepara o pior cenário, numa semana marcada pela mudança de quinzena de férias e pela movimentação de muitos emigrantes, que participarão em grande número na peregrinação anual a Fátima, logo na segunda e terça-feira.

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