“Bis” do Boavista na Volta em dia de multidões

Este sábado traz partida de Fafe e chegada à Senhora da Graça, etapa que poderá decidir o vencedor da Volta a Portugal.

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Ciclistas da Volta na etapa 7 LUSA/NUNO VEIGA

João Benta (Boavista) venceu a oitava etapa da Volta a Portugal. Nesta sexta-feira, o ciclista português bateu Jóni Brandão (Efapel) e João Rodrigues (W52-FC Porto), na última subida do dia, indicada para corredores explosivos em escaladas curtas.

A chegada a Felgueiras não era, ainda assim, dura o suficiente para valer luta real entre os favoritos – até porque vem aí subida à Senhora da Graça – e as diferenças mantêm-se iguais: Jóni Brandão (Efapel) veste de amarelo e João Rodrigues (W52-FC Porto) continua a um segundo do “prémio” máximo desta Volta.

W52-FC Porto deu espectáculo

A etapa desta sexta-feira trouxe um marco raro e um não tão raro assim. Por um lado, ao contrário do que se tem visto, houve muito público nas ruas – Viana do Castelo, Póvoa de Varzim, Vila do Conde e Penafiel tiveram autênticas romarias às estradas –, algo que deu um colorido diferente às imagens da corrida.

Por outro lado, voltou a haver a presença de uma figura importante da sociedade portuguesa. A etapa 7 teve Pinto da Costa, a etapa 8 teve Tiago Brandão Rodrigues, ministro da Educação.

Depois da cerimónia do pódio relativa à etapa anterior – na quinta-feira, o intenso nevoeiro levou a organização a mudar o protocolo habitual –, 113 ciclistas saíram de Viana do Castelo. A fuga do dia demorou a formar-se e foi apenas à passagem dos 50 quilómetros de prova que o suíço Gian Friesecke (Swiss Academy) e o português Ricardo Mestre (W52-FC Porto) se destacaram.

No dia anterior a um etapa importante, que dará a João Rodrigues e Gustavo Veloso a possibilidade de chegarem à camisola amarela, esperava-se uma W52-FC Porto tranquila e a deixar a corrida rolar até Felgueiras. Puro engano, já que os portistas quiseram dar espectáculo durante a etapa e estar activos todo o dia: para além de Mestre, na fuga, chegaram a atacar António Carvalho, Samuel Caldeira e Edgar Pinto, no pelotão.

Na frente, Ricardo Mestre, vencedor da Volta em 2011, trabalhou quase toda a etapa, servindo de “reboque” do ciclista suíço, que pouco trabalhou. Só a 30 quilómetros do final, com o pelotão a reduzir bastante os dois minutos para os fugitivos, é que Friesecke passou pela frente, mas foi demasiado tarde: a fuga foi neutralizada pouco depois.

O ataque mais perigoso acabou por ser o de Robinson Oyola (Medellin), mas também o colombiano acabou por ser apanhado já a cinco quilómetros da meta.

Na subida final João Rodrigues e Jóni Brandão ainda “tiraram as medidas” um ao outro, mas a escalada não era longa o suficiente para valer luta pela amarela.

Aproveitou João Benta que, depois de um duelo “à I Liga de futebol” com o sportinguista Frederico Figueiredo e o portista João Rodrigues, deu a segunda vitória ao Boavista, somando-a ao triunfo de Luís Gomes na etapa 7.

Este sábado traz subida à Senhora da Graça, etapa que poderá decidir o vencedor da Volta a Portugal.

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