O Bons Sons é aldeia em manifesto, aldeia em movimento, música viva

A música é a razão primeira para a existência do Bons Sons, mas a música, neste contexto, é indissociável da aldeia que a acolhe e da comunidade que se cria durante o festival. Foi isso que nos mostrou o primeiro dia da 10.ª edição, em que tocaram Diabo na Cruz, Fogo Fogo e Benjamim com Joana Espadinha.

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Quem estava na Travessa Serrana viu o portão da garagem do senhor Peres abrir-se para acolher os sons dos Fogo Fogo
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O guitarrista Francisco Sales na Igreja de São Sebastião
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Luís Ferreira, director artístico do Bons Sons
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Senza no palco Amália
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Mano a Mano no palco Giacometti
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Maria Rosa Silva à janela. Está com o Bons Sons desde o início e já ajudou a fazer as famosas lagartixas de pano que são a mascote do festival

Há uma porta que se abre, e depois outra, e outra, e outra. Umas de madeira velha, outras de madeira pintada como nova, outras de alumínio, umas envidraçadas, outras maciças. Abre-se uma e outra e vemos atrás delas um rosto de criança pequena, um sorriso em rosto enrugado, um olhar que nos encara intrigado. A última porta abre-se e é todo um céu azul e um vasto campo castanho e dourado que se revela. “Do Marvão vê-se a terra toda”, escreveu José Saramago, esmagado pela paisagem da localidade alentejana, lá em cima, quase a tocar o céu. Não sabemos se Saramago passou por Cem Soldos ou o que pensava o Nobel da literatura da aldeia, mas caso tivesse estado em Cem Soldos em dia de Bons Sons, acreditamos que exclamaria algo semelhante.

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