Sáez vence em mais uma desilusão do Sporting na Volta a Portugal

A Sporting-Tavira voltou a colocar dois ciclistas na fuga, mas, uma vez mais, não conseguiu uma vitória na Volta a Portugal.

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O pelotão na estrada LUSA/NUNO VEIGA

Héctor Sáez (Euskadi-Murias) venceu a sexta etapa da Volta a Portugal. Esta quarta-feira, na chegada a Bragança, foi, novamente, “dia de fuga” e o vencedor decidido entre um lote restrito de onze ciclistas que chegaram mais de quatro minutos antes do pelotão. O mais forte acabou por ser o espanhol da Euskadi-Murias, que bateu Ben Perry (Israel Cycling Academy) perto da meta.

Na luta pela classificação geral não houve alterações significativas, com Gustavo Veloso (W52-FC Porto) a conservar a vantagem para João Rodrigues (W52-FC Porto) e Vicente de Mateos (Louletano).

Mas houve problemas: o camisola amarela foi um dos envolvidos numa queda na parte final da etapa, mas, estando dentro dos últimos três quilómetros, não existirão perdas de tempo. Resta saber se existirão marcas físicas que condicionem o líder da prova.

Etapa “tropical”

A etapa desta quarta-feira começou com um minuto de silêncio em memória de Bjorg Lambrecht, jovem ciclista belga que faleceu na Volta à Polónia. Depois da homenagem, veio a estrada.

É sabido que nem todos os corredores reagem bem ao dia de repouso que, para alguns, significa má forma no dia seguinte. Ainda assim, a organização foi “amiga” dos ciclistas e os efeitos do dia de repouso previam-se parcos: a organização desenhou uma etapa 6 relativamente plana – houve baixa montanha no início da etapa, mas apenas isso – e que se perfilava como a última oportunidade para fazer brilhar os sprinters.

A previsão foi, no entanto, bem distinta da realidade. Apesar da teórica suavidade da etapa, os primeiros minutos de corrida trouxeram um cenário surpreendente: o pelotão dividiu-se em dois, com os principais favoritos a ficarem no grupo da frente – com cerca de 25 ciclistas –, ganhando um pouco mais de um minuto ao grupo maior.

Após as contagens de montanha – em clima tropical, com chuva e algum calor –, o grupo voltou a reunir-se e a fuga seguinte que se formou, com onze elementos, ganhou mais de sete minutos de vantagem. Fê-lo aproveitando, primeiro, a “pausa fisiológica” de muitos dos ciclistas do pelotão e, depois, o facto de a W52-FC Porto não ter interesse em trabalhar: os elementos da fuga estavam todos a distâncias grandes da liderança de Gustavo Veloso.

Na fuga, houve a presença de dois ciclistas da Sporting-Tavira, algo que já tinha acontecido na etapa cinco – na altura, Livramento trabalhou para Marque, mas o espanhol foi batido por Marco Tizza na chegada à Guarda.

A presença de dois sportinguistas na fuga (Livramento e Trueba) acabou por ser a “morte” da própria equipa, já que todos os fugitivos, sabendo do quanto o Sporting-Tavira procurava esta etapa, deixavam o trabalho para a equipa “leonina”.

Sem pernas, depois de algum trabalho na fuga, a Sporting-Tavira limitou-se a assistir ao duelo pela vitória, que foi discutida entre Sáez e Perry, num final chuvoso.

Nesta quinta-feira, a chegada à Serra do Larouco deverá ser palco de duelo entre os favoritos à vitória na Volta a Portugal.

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